Este artigo está publicado no site do hospital Einstein, em São Paulo, e fala dos chamados “cuidados paliativos”, conforto e alívio para aqueles pacientes terminais, sem qualquer possibilidade de cura. A geriatra Ana Cláudia Arantes, autora do vídeo “A morte é um dia que vale a pena viver” – o mais visto no 50emais desde a criação do blog, em 2010 – fala sobre esses cuidados no final da vida.
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Um estudo realizado pela unidade de inteligência da revista inglesa The Economist apontou o Brasil como um dos três piores lugares para morrer no mundo, atrás apenas da Índia e de Uganda. Os indicadores do estudo incluem expectativa de vida, porcentagem do PIB destinada à saúde, facilidade em obter analgésicos e se há treinamento de cuidados paliativos nas escolas de medicina.
Cuidados paliativos são os recursos adotados para o tratamento de pessoas com doença grave sem possibilidade de cura ou de prolongar a sua vida. A prioridade passa a ser o alívio do sofrimento do paciente – controlando a sua dor e proporcionando conforto físico e psicológico para o doente e sua família.
Com esforços nessa área, no Einstein a realidade é diferente da maioria dos centros de saúde do País. Desde 2005 – um ano antes do Conselho Federal de Medicina legitimar a recusa do paciente no fim da vida a intervenções e procedimentos fúteis – o Hospital já possuía uma política de cuidados paliativos.
“Muitas pessoas confundem com eutanásia, mas é totalmente diferente. Aceitamos a morte como parte da vida, mas ela não é o objetivo do tratamento, não queremos alcançá-la mais rápido. Nossa prioridade é aliviar o sofrimento do paciente”, explica a geriatra do Einstein, Dra. Ana Cláudia Arantes.
Conforto físico e emocional
Sem o apoio de uma equipe especializada em cuidados paliativos, os pacientes com doenças graves e sem chance de cura podem se ficar perdidos em um sofrimento contínuo em vários níveis. Os mais comuns são:
Físico: falta de ar, dores, cansaço.
Emocional: raiva, medo, tristeza.
Familiar e social: preocupação em morrer e deixar a família com problemas e necessidades, por exemplo.
“No contexto do tratamento da doença, o foco é a doença em si. Nos cuidados paliativos, nosso foco é a pessoa. Consideramos o seu histórico de vida, a sua biografia, o que considera importante e os seus relacionamentos”, afirma a médica. Clique aqui para ler mais.
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