Foi aberta na terça-feira, dia 9, no Museu de História Natural de Londres a exposição “Genesis”, do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, parte de um projeto que inclui o lançamento de um livro com dois volumes e de um documentário – A Sombra e a Luz – , que tem a colaboração do filho, Juliano Salgado, e direção do grande diretor alemão Wim Wenders.
Este retorno é duplamente esperado, primeiro pelo óbvio motivo de se deparar cara a cara com as fotos de Salgado. Segundo, pois é quando será apresentado o resultado do Projeto Gênesis, em que o fotógrafo trabalha desde 2004, desviando seu olhar da condição humana em meio às desigualdades sociais — temática que o consagrou — para lugares e comunidades que ainda não foram tocadas pela mão do homem ocidental.
O projeto, financiado pela Unesco, tem como objetivo mostrar para o mundo as paisagens naturais mais preservadas e distantes da interferência humana, além do modo de vida de tribos e comunidades que preservam as tradições ancestrais e ainda não sofreram a influência do mundo capitalista.Para isso, Salgado já percorreu lugares como o Sudão, Patagônia, Indonésia e Brasil, onde fotografou no Pará a tribo Zo’e.
Natural de Aimorés, Minas Gerais, onde nasceu em 1944, Sebastião Salgado, estudou economia no Brasil entre 1964 e 1967. Fez mestrado na mesma área na Universidade de São Paulo e na Vanderbilt University (EUA). Após completar os seus estudos para o doutoramento em economia pela Universidade de Paris, em 1971, trabalhou para a Organização Internacional do Café até 1973.
Depois de pedir emprestada a câmera da sua mulher, Lélia, para uma viagem a África, Salgado decidiu, em 1973, trocar a economia pela fotografia. Trabalhou para as agências Sygma e Gamma e foi eleito membro da Magnum Photos, uma cooperativa internacional de fotógrafos, onde permaneceu de 1979 a 1994. Hoje, com 69 anos completados em fevereiro, Sebastião Salgado é mais do que um fotógrafo bem sucedido. Tornou-se uma celebridade.
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Toda beleza e expressão. Um verdadeiro artista!!!