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Brasil perde a cantora Ângela Maria, falecida em SP, aos 89 anos

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O auge do sucesso de Ângela Maria como cantora foi nos anos 60 e 70

Maya Santana, 50emais

Ângela Maria nos deixou neste sábado, 29 de setembro, aos 89 anos, no mesmo ano em que completou 70 anos de carreira. A cantora, que marcou profundamente a minha e outras gerações, foi o maior sucesso musical dos anos 50, quando recebeu o apelido de “Sapoti”, do presidente Getúlio Vargas. Mais tarde, se tornaria a “Rainha do Rádio”. Ela estava internada há mais de um mês no Hospital Sancta Maggiore, no bairro da Mooca, em São Paulo, com infecção. O comunicado da morte foi feito de madrugada, pelo marido, Daniel D’Angelo, num vídeo postado na página Angela Maria Oficial, do Facebook. Falando ao lado de Alexandre, um dos quatro filhos de Ângela, e do assessor dela, Rodrigo Giglio, ele contou que a cantora vinha sofrendo muito:

De acordo com a mesma página do facebook o velório e o sepultamento serão neste domingo, no Cemitério de Congonhas, em São Paulo.

Leia mais sobre a vida e a carreira de Ângela Maria nesta reportagem do portal G1:

A cantora Angela Maria, uma das maiores do Brasil, morreu no final da noite deste sábado (29) em São Paulo. Ela tinha 89 anos e estava internada há cerca de um mês, no Hospital Sancta Maggiore, segundo informou seu marido, o empresário Daniel D’Angelo.

De acordo com a assessoria da cantora, ela foi internada com um quadro grave de infecção.

D’Angelo informou sobre a morte da cantora, uma das rainhas do rádio e de estrondoso sucesso entre os anos de 1950 e 1960, em um vídeo no Facebook. “É com meu coração partido que eu comunico a vocês que a minha Abelim Maria da Cunha, e a nossa Angela Maria, partiu, foi morar com Jesus”, disse emocionado, ao lado de alexandre, um dos filhos adotivos do casal e de um outro rapaz.

Nome artístico
Abelim Maria da Cunha, verdadeiro nome de Angela Maria, nasceu em Macaé, Rio de Janeiro. Filha de pastor protestante, passou a infância nas cidades fluminenses de Niterói, São Gonçalo e São João de Meriti. Desde menina cantava em coro de igrejas.

Foi operária tecelã, mas sonhava com o rádio, embora a família fosse contra a carreira artística.

Por volta de 1947, começou a frequentar programas de calouros. Apresentou-se no “Pescando Estrelas”, de Arnaldo Amaral, na Rádio Clube do Brasil (hoje Mundial); na “Hora do Pato”, de Jorge Curi, na Rádio Nacional; no programa de calouros de Ari Barroso, na Rádio Tup; e do “Trem da Alegria”, dirigido pelo “Trio de Osso” – os magérrimos Lamartine Babo, Iara Sales e Heber de Bôscoli -, na Rádio Nacional.

Naquela época, usava o nome de Angela Maria, para não ser descoberta pela família. Ainda era inspetora de lâmpadas numa fábrica da General Eletric e, decidindo tentar a carreira de cantora, abandonou a família e foi morar com uma irmã no subúrbio de Bonsucesso.

Era do rádio
Em 1948 conseguiu lançar-se como crooner no Dancing Avenida, onde impressionou os compositores Erasmo Silva e Jaime Moreira Filho, que a apresentaram a Gilberto Martins, diretor da Rádio Mayrink Veiga. Feito o teste, começou carreira na emissora.

Firmando-se a partir de 1950 como intérprete, em 1951 estreou na RCA Victor em disco com “Sou feliz” e “Quando alguém vai embora”. No ano seguinte, sua gravação do samba “Não tenho você” bateu recordes de venda, marcando o primeiro grande sucesso de sua carreira.

Princesa e Rainha do Rádio
Durante a década de 1950, atuou intensamente nas rádios Nacional e Mayrink Veiga, como a estrela de “A Princesa Canta”, nome derivado de seu título de “Princesa do Rádio”, um dos muitos que recebeu em sua carreira.

Em 1954, em concurso popular, tornou-se a “Rainha do Rádio”, e no mesmo ano estreou no cinema, participando do filme “Rua sem sol”.

A cantora foi apelidada de “Sapoti” pelo presidente Getúlio Vargas

‘Sapoti’
Apelidada “Sapoti” pelo presidente Getúlio Vargas, tornou-se a cantora mais popular do Brasil durante a década de 1950, alcançando os maiores êxitos com os sambas-canções “Fósforo queimado”, “Vida de bailarina”, “Orgulho”, “Ave Maria no morro” e “Lábios de mel”. Um de seus grandes sucessos na segunda metade da década de 1960 foi a canção “Gente humilde”.

Em 1982 foi lançado o LP Odeon com Angela Maria e Cauby Peixoto, primeiro encontro em disco dos dois intérpretes. Em 1992 apresentou-se com Cauby no show Canta Brasil, e lançou o disco “Angela e Cauby ao vivo”.

Veja os dois aqui:

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