Mais de 17 anos após sua morte e com a comemoração neste sábado, 12 de dezembro, do centenário de seu nascimento, Frank Sinatra e seu legado musical continuam a ocupar um lugar único na cultura americana e mundial. Os eventos se multiplicam para prestar homenagens.
Um grande concerto em Las Vegas, incluindo Tony Bennett e Lady Gaga, outro no Lincoln Center, em Nova York, festas temáticas e a colocação de uma placa comemorativa em sua cidade natal de Hoboken, New Jersey: Francis Albert Sinatra está em toda parte.
Uma caixa especial com quatro CDs, incluindo antigas gravações de rádio, foi lançado no final de novembro e pelo menos dez livros sobre Sinatra foram publicados este ano, explorando o mito deste personagem adorado de lado obscuro.
Para muitos, a persistência de Sinatra no cenário musical americano deve-se, certamente, à densidade de seu trabalho, mas também a falta de um sucessor.
“Há apenas um Frank”, afirma Sid Mark, apresentador do programa de rádio “Sounds of Sinatra”, que emite há 59 anos apenas músicas de Sinatra.
O interesse dos ouvintes, contemporâneos de Sinatra ou não, ainda é “muito forte”, diz o apresentador de rádio de 82 anos, que às vezes oferece maratonas de um fim de semana inteiro sem emitir o mesmo título duas vezes.
Frank Sinatra seguiu o caminho traçado por um outro ícone americano, Bing Crosby, fazendo carreira no cinema ao mesmo tempo em que conquistava um público fiel graças a sua capacidade de estabelecer um laço forte com o público.
Mas “Ol’ Blue Eyes”, um outro de seus muitos sobrenomes, “tinha algo que Crosby não tinha: sex-appeal”, diferencia Sid Mark. “Quando Frank subia no palco transmitia eletricidade. Isso era sentido até mesmo nas gravações”.
Swing e genialidadeFrank Sinatra foi um dos primeiros cantores a dar especial importância ao marketing, ao ponto de capitalizar sua imagem de ítalo-americano de origem humilde, enquanto cuidava de sua aparência, sempre impecável. Clique aqui para ler mais.