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O cohousing, ou moradia colaborativa, compartilhada, é uma modalidade nova de morar no Brasil que combina a privacidade das casas individuais com a convivência em espaços comuns, como cozinhas, salão de jogos, lavanderia, hortas.
Esse modelo de moradia foi criado na Europa, como uma forma envelhecer junto de outras pessoas e, ao mesmo tempo, preservar a vida íntima de cada um.
Projetos de cohousing geralmente são administrados pelos próprios moradores. A grande vantagem é que proporcionam um envelhecimento com qualidade de vida, solidariedade e senso de comunidade.
Os principais exemplos de cohousing no Brasil são o projeto Vila Conviver, em Campinas, e a Comunidade Bem Viver, em Mogi das Cruzes, ambos no interior de São Paulo.
Leia o artigo completo publicado por O Globo sobre o que é realmente ‘cohousing’:
Você já pensou em envelhecer rodeado de amigos, compartilhando uma cozinha enorme, um jardim florido e até as discussões sobre a playlist do jantar? É essa a proposta do cohousing, um modelo de moradia que combina espaços privados com áreas coletivas, onde a vida se espalha para os pátios, hortas e salas comuns. A ideia é transformar a velhice em convivência ativa, mais parecida com um churrasco de domingo do que com um asilo.
O conceito surgiu na Europa, com experiências pioneiras na Dinamarca e na Suécia, e hoje se espalha pelo mundo. Em Madri, o projeto Trabensol reúne idosos em um complexo cooperativo onde refeições, decisões e risadas são compartilhadas diariamente. Em Londres, as mulheres da comunidade OWCH criaram suas próprias regras para viver juntas, com independência e companheirismo.
Essas comunidades têm em comum a autogestão: moradores decidem juntos sobre finanças, cuidados e manutenção. Mais do que luxo ou serviços, o verdadeiro diferencial está nos espaços coletivos, pensados para favorecer encontros espontâneos e apoio mútuo. Como explicou ao Infobae o arquiteto Charles Durrett, pioneiro do modelo, “o luxo não é a piscina aquecida, mas o lugar onde vizinhos administram suas vidas em conjunto”.
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No Uruguai, o cohousing Carpe Diem já nasceu com assembleias em torno da cor das paredes e da horta comunitária. Nos Estados Unidos, no Silver Sage Village, vizinhos jantam juntos e depois seguem para o cinema, a sala de artesanato ou a meditação. Cada comunidade cria sua própria dinâmica, mas todas compartilham um ponto em comum: ninguém precisa envelhecer sozinho.
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No Brasil, a ideia ainda engatinha, mas já desperta interesse. Afinal, se a solidão pode adoecer talvez a maior revolução da longevidade esteja justamente em reaprender a morar — juntos.





