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Conheça a minha experiência com a reposição hormonal

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Silvia Ruiz: Sob orientação médica, optei por fazer a reposição hormonal. Eu pesquisei muito o assunto antes de decidir. Mas foi em um bate papo com mulheres da minha idade na academia, que percebi que ainda existe muita confusão sobre o assunto

Maya Santana, 50emais

Muito bom este artigo de Silvia Ruiz, do blog Ageless, publicado pelo Uol, sobre um tema polêmico: a reposição hormonal a que muitas mulheres se submetem a partir da menopausa, ou seja, quando cessa a menstruação. Silvia, 48, faz um relato vivo de sua experiência e pergunta: Será que a reposição hormonal é para você? Eu fiz reposição durante vários anos. E, felizmente, não tive problema algum.

Leia o que diz Silvia Ruiz:

Alguns meses atrás notei que algo estava errado comigo. Estava vivendo uma espécie de falta de memória atordoante. Na hora de sair para o trabalho, entrava e saía de casa umas cinco vezes, porque sempre esquecia alguma coisa (a chave, os óculos, até a bolsa!). Perdia meu celular o dia inteiro (se bem que isso eu fiz a vida inteira). Andei até falando sobre isso no meu Instagram achando que era estresse.

Comentando com uma amiga mais velha, ela me deu o alerta: “vá checar seus hormônios, eu tive exatamente isso no período pré-menopausa”. Mas eu havia feito um check-up seis meses antes e estavam todos normais! Mesmo assim, lá fui eu para uma nova bateria de exames.

Última menstruação – Bingo: meus hormônios estavam “no chão”. Essa fase, em que a gente ainda fica menstruada (ou com alguma irregularidade), mas apresenta queda hormonal, tem inclusive um nome bem feio: climatério (não confunda com menopausa). Pensei: mas como isso foi acontecer comigo? E respondi a mim mesma: querida, você tem 48 anos! Esqueceu?

Leia também: Reposição hormonal, uma decisão que precisa ser muito bem pensada

Menopausa é a última menstruação, que geralmente ocorre por volta dos 50 anos. Já o climatério é o conjunto de sintomas que surgem antes e depois da menopausa, causados, principalmente, pelas variações hormonais típicas desse período, e que podem ocasionar uma série de flutuações no ciclo menstrual e vários sintomas podem vir junto.

Vulnerabilidade feminina – Na realidade, o climatério começa por volta dos 41 anos de idade, estende-se até mais ou menos os 65 anos e é marcado por pequenas alterações físicas e psicológicas. Dentro dessa grande margem de tempo, ocorre a menopausa (que só pode ser determinada depois que a mulher passou pelo menos um ano sem menstruar). Antecedendo o episódio da menopausa, temos a perimenopausa, período em que há alterações hormonais importantes, especialmente nos níveis de estrogênio e progesterona.

Nessa fase, a vulnerabilidade feminina é maior aos sintomas físicos e psíquicos. Entre os físicos destacam-se ondas de calor intenso e, entre os psíquicos, tristeza, desânimo e irritabilidade e flutuação do humor. Pode acontecer ainda insônia. Ou seja, está fácil para as mulheres, né?

Optei pela reposição – No meu caso, o problema era só a memória e uma certa falta de clareza mental, mas estava me incomodando muito. Sob orientação médica, obviamente, optei por fazer a reposição hormonal. Eu pesquisei muito o assunto antes de decidir. Mas foi em um bate papo com mulheres da minha idade na academia, que percebi que ainda existe muita confusão sobre o assunto. Ouvi desde “não acredito em reposição hormonal” até uma dando dica com o nome da marca do medicamento que estava tomando.

Leia também: O que é preciso saber sobre reposição hormonal

Conversei com a endocrinologista Vânia Assaly e aqui vão algumas dúvidas que ela me esclareceu:

Riscos e cuidados com a reposição hormonal
Junto aos benefícios (melhorar os sintomas, ajudar a prevenir
osteoporose, reduzir a perda de músculos, entre eles), há riscos associados. Esses riscos dependem de alguns fatores. Entre eles, o histórico familiar. Câncer de mama na família, por exemplo, é contraindicação. Trombose ou doenças cardíacas também exigem investigação extra.

“O tratamento deve ser extremamente bem avaliado e individualizado”, diz Vânia. “Nós devemos adotar a menor dose satisfatória para melhorar os sintomas do paciente. Costumo dizer que hormônio demais causa anarquia no corpo.” Fica aí o alerta para muitas mulheres que estão entrando na onda da reposição com “chips” da beleza, com doses altas de hormônios e nem sempre individualizadas.

“Outra coisa importante a considerar é que existe uma janela de oportunidade para o início do tratamento. Quando a menstruação começa a falhar ou quando começam ondas de calor é o momento em que a reposição deve ser introduzida caso seja recomendada”, diz Vânia. A médica diz ainda que o estilo de vida saudável também influencia no processo. Cuidado com a alimentação e exercícios físicos são fundamentais nessa fase da vida. Clique aqui para ler mais.

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