
Terezinha é um dos tesouros de Santa Luzia (MG), cidade onde nasceu há 93 anos. Na foto, ela tece uma peça de tricô
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Um dos mais importantes diferenciais da cultura mineira está no refinado saber-fazer artesanal. Desde os complexos entalhes em madeiras dos altares barrocos até os mais simples detalhes nas roupas e toalhas de mesa, a boa técnica e a sensibilidade artística resultaram em trabalhos preciosos – que revestem o dia-a-dia das casas mineiras em uma exposição permanente de bom gosto.
As chamadas ‘bainhas abertas’, um tipo de bordado feito a partir do tecido desfiado – cuja beleza está nos pontos de entremeios, vazados e recheios de linhas criando texturas incríveis – é um belo exemplo dessa arte. A técnica foi trazida pelas portuguesas que, por sua vez, conheceram esse bordado através de monjas espanholas, francesas e inglesas.



Arte para sua santa de devoção: Santa Rita de Cássia: “Ela é milagrosa”
Uma das mestras nesse bordado é Terezinha Mateus, moradora de Santa Luzia (MG) que, com seus 93 anos, continua tecendo alguns dos quase 30 pontos diferentes que aprendeu a fazer com sua mãe, Geny Mateus. Esta aprendeu com uma tia, de origem inglesa, que morou na região de Sabará (MG), no inicio do século 20.
Dona Terezinha diz serem incontáveis as peças de enxovais para noivas e recém-nascidos que fez usando a ‘bainha aberta’ – algo que pratica desde os 8 anos de idade.
Com sua longa experiência no assunto, ela acha ‘fácil demais’ fazer os enfeites de panos de prato, toalhas de rosto, que diz serem ‘apenas entremeios’.



Os muitos pontos com os quais a ex-educadora trabalha
Considera desafio mesmo fazer peças com até três metros e meio de comprimento, caso dos forros de altares católicos – que ela já fez muitas vezes.
Mesmo quando dedicou-se à Educação (durante mais de 40 anos) nunca deixou a ‘bainha aberta’ de lado, que ela considera a verdadeira paixão de sua vida – depois de Santa Rita de Cássia.
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5 Comentários
Eu tenho uma toalha que d. Terezinha bordou como presente de casamento há 30 anos.
Um mimo!!!!!
Que historia mais linda, e quanto orgulho deve ter a familia dela. E imagina quanta sabedoria essa vovó guarda entre os fios tecidos.
Maravilhosos!
Que lindo! Que luxo ter uma mãe, uma avó (quiça bisa) que aos 90 anos conhece e pratica 30 pontos de bordados diferentes! Que saber rico!!!
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