Ao subir na passarela do Fashion Rio, em abril, representando a Ausländer, o modelo Breno Votto, de 26 anos, não chamou a atenção apenas pelos dois looks que desfilou nas cores preta e branca. O figurino veio acompanhado de um penteado básico e modesto — o coque — no topo da cabeça. Ainda no mesmo dia, na Marina da Glória, Thiago Vivas, de 31, abriu o desfile da Reserva vestido de terno e gravata brancos com estampa de gaivotas em azul, tênis, e lá estava ele, o mesmo coquinho.
Além dos modelos, ambos ruivos e de barba e cabelos cacheados, os atores internacionais Orlando Bloom e Macaulay Culkin já foram flagrados com o visual. Aqui no Brasil, no Rio, os atores Caio Castro e Bernardo Mendes, idem. Os coques no cocuruto, que foram tendência entre as mulheres, extrapolaram os limites das passarelas e têm, agora, novos adeptos: os meninos “normais”, à solta pelas ruas do Rio.
Dono de um cabelão liso e fino, que bate no meio das costas, o diretor de arte mineiro Léo Galvão, de 33, chega a usar o penteado de três jeitos diferentes. O primeiro (e mais comum) é aquele que enrola o cabelo como se fosse um caracol, e é preso com um elástico; outro tem o formato bem parecido, mas é preso com o próprio cabelo, como se fosse um nó; e, por último, pode ser um rabo de cavalo normal, no qual, na última volta, o cabelo fica preso ao elástico, deixando alguns fios soltos.
— Deixei o cabelo crescer em 2004, quando me mudei para o Rio. Desde então só uso coque, e vou alternando os tipos — conta Léo. Na vida real, Léo Galvão se preocupa em alterar o estilo do coque conforme o figurino e a ocasião:
— Quando pratico ioga, faço um coque no estilo gueixa, preso com borrachinha no alto da cabeça. Se vou de camiseta básica para o trabalho, opto por um modelo mais despenteado, preso ao rabo de cavalo. Num casamento, uso mais baixinho, com o cabelo partido ao meio. Leia mais em O Globo