Ana Maria Cavalcanti
Brigite Bardot, um dos maiores símbolos sexuais do século 20, completou 80 anos em 28 de setembro. Mundialmente famosa pelas iniciais BB, tornou-se uma celebridade em 1957 com o filme “E Deus criou a Mulher”, dirigido pelo então marido, Roger Vadim. (Veja na galeria 19 imagens da atriz):
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Nesta época, as cenas apimentadas do filme, causaram o maior escândalo e foi, inclusive, proibido em vários países. A cena em que ela dança descalça em cima de uma mesa é considerada uma das mais eróticas da história do cinema.
Uma mulher à frente de seu tempo, BB causava histeria na imprensa mundial, uma das raras atrizes não americanas a receber atenção total da imprensa dos Estados Unidos. Namorou, casou, descasou, apareceu nua em revistas e popularizou uma pequena peça do vestuário feminino: o biquíni, que ela usava com graça e naturalidade, apesar do escândalo que causava. Até o pai, tentou impedir, sem sucesso, que a filha aparecesse em filmes usando um biquíni.
Hoje, com o rosto marcado pelas rugas e andando de bengala, BB leva uma vida bem diferente do glamour dos tempos idos. Desde 1973, ela usa sua fama para defender os direitos dos animais. BB faz isso através da Fundação Brigitte Bardot, que criou em 1986 com dinheiro do próprio bolso. Seis anos depois, a Fundação foi declarada de utilidade pública pelo governo francês e tem o Dalai Lama como membro honorário.
A ativista já fez campanhas maravilhosas contra a caça de baleias, as experiências com animais em laboratório, pela proibição de brigas de animais e contra o uso de casaco de pele. A fundação possui mais de 60 mil membros e doadores em mais de 20 países. Sem nenhuma dúvida, as iniciais BB deram mais visibilidade à questão dos direitos dos animais. Uma das campanhas de maior repercussão foi quando BB denunciou, em 1977, o massacre dos bebês de foca no norte do Canadá. A pele dos mimosos bichinhos era usada para fazer casacos.
Brigite Bardot, nasceu na França em 28 de setembro de 1934, filha de pais da classe média alta. Com apenas 15 anos tornou-se modelo por sugestão da mãe. Em 1950, foi capa da revista Elle chamando a atenção do diretor de cinema francês, Roger Vadim, bem mais velho que ela. Depois de dois anos de namoro, casaram-se em 1952, mesmo ano em que fez seu primeiro filme, Le Trou Normand”. Depois de 17 filmes, é que a fama chegou com “E Deus Criou a Mulher”. O mito estava criado: nascia ali um dos maiores símbolos sexuais do cinema. No total BB fez 50 filmes, o último em 1973. Depois deu adeus às luzes da ribalta.
Brigitte Bardot era cativante, inquieta, transgressora, nunca fez concessões à família, aos maridos, e aos costumes da sociedade francesa de seu tempo. Quando ficou grávida, estava no segundo casamento e odiou. O filho, Nicolas-Jacques Charrier, foi criado pelo pai, o ator Jacques Charrier. Casou-se quatro vezes.
Brigitte veio ao Brasil e foi tal a perseguição dos fotógrafos que ela se refugiou em Buzios, a 165 km do Rio, onde passou quatro meses andando de barco e passeando nas praias com o namorado da época, o brasileiro-marroquino Bob Zaguri. Depois que ela partiu para nunca mais voltar, aquele lugar simples de pescadores tornou-se um dos pontos preferidas de turistas nacionais e estrangeiros. BB ganhou até uma estátua em sua homenagem.
Ela está casada com o quarto marido desde os 58 anos. Vive com ele em Saint Tropez, ao lado dos inúmeros “filhos adotivos”: gatos, cachorros, jumentos, gansos, porcos, patos, galinhas, ovelhas e várias outras criaturas. Só sai de casa a trabalho. Nos anos 90, foi processada por fazer críticas ao islamismo. “ Seguirei dizendo o que penso, quer gostem ou não”, foi o comentário dela .
Sobre os muitos anos de vida que já viveu, ela diz: “Estar ativa e apaixonada pelo que faço impede que eu seja vítima dessa ociosidade que sofrem tantos aposentados. A fundação me exige dedicação em tempo integral, embora eu tenha uma equipe excelente.”
A história desta mulher que virou a cabeça do mundo, pode ser resumida nesta confissão: “Eu dei a minha beleza e juventude aos homens. Agora, dou a minha sabedoria e experiência aos animais.”
7 Comentários
SIMPLESMENTE LINDA!!! E GRANDE PROFISSIONAL.
SIMPLESMENTE LINDA!!! GRANDE MULHER E PROFISSIONAL.
BB, praticamente o começo da percepção de que nós mulheres poderíamos construir outros paradígmas em relação a nós mesmas, que não fossem as referências nos dada pela religião católica e pelo sistema. Linda, leve e solta na juventude e sábia na velhice.
Adorei seu comentario Dirce,parecia ser bem assim rs rs
Excelente o artigo BB foi nosso simbolo sexual, atrevida, proibida , imitada kkkkkkkkk
Era alguma coisa diferente que nos despertava desejos de ir aos seus filme Isso criava uma guerra em familia rsrsrsrs
8 anos mais velha que eu, assim estive bem próxima aquela mulher liberal que provocava os homens e frustava as mulheres rsrsrsrs
Ela não era a das mais bonitas da época ,mas a mais despudorada kkkkkkkkkkkkk E isto bastava para despertar muita curiosidade. E modelo proibido…
Bjs
Dirce
Adorei escrever sobre ela. Não sabia que se tratava de uma grande dama, inteligente e verdadeira.
Maravilhosa. É bom saber que existem pessoas que conseguem envelhecer com dignidade, com outros projetos de vida que não a beleza estética. Adorei. Admiro mais agora a BB