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A ideia era prestar uma homenagem à avó, que a atriz considera não apenas uma amiga, mas sua melhor amiga, com quem conversava sobre tudo, inclusive política e sexo.
Assim nasceu o primeiro filme de Scarlett Johansson, – bela e das mais bem pagas de Hollywood – como diretora, “Eleanor, the great”, lançado no Festival de Cannes com enorme sucesso. Foi aplaudido durante cinco minutos.
A atriz June Squibb, (completa 96 anos no próximo mês), interpreta a irreverente Eleonor, que enfrenta o luto pela morte de sua melhor amiga, Bessie, com quem vivia na Flórida depois de ambas enviuvarem.
É o luto que a une uma estudante de jornalismo de 19 anos, interpretada pela atriz Erin Kellyman, que acabou de perder a mãe,
Leia o artigo completo de Mariza Tavares, do blog Longevidade: Modo de Usar, publicado por O Globo:
Uma das atrizes mais bem pagas de Hollywood, Scarlett Johansson – que vai fazer 41 anos em novembro – acumula três décadas de carreira e cerca de 40 papéis no cinema. Após algumas incursões no universo dos curtas-metragens, estreia como diretora do longa “Eleanor the great” (“Eleanor, a grande”). Lançado no Festival de Cannes, onde recebeu cinco minutos de aplausos, o filme acaba de entrar no circuito de exibição nos Estados Unidos e é um tributo à sua avó, Dorothy Sloan:
“Ela era professora e também minha melhor amiga. Éramos como irmãs e falávamos de tudo, de política a sexo. Quis celebrar a amizade intergeracional, algo que deveria existir mais”, afirmou em entrevista à rede PBS.

A atriz June Squibb, que completa 96 anos no próximo mês, interpreta a irreverente Eleonor, que enfrenta o luto pela morte de sua melhor amiga, Bessie, com quem vivia na Flórida depois de ambas enviuvarem. A perda devastadora a faz se mudar para Nova York, para morar com a filha e o neto. Para distrair a mãe, Lisa, interpretada por Jessica Hecht, a matricula num coral, no clube da comunidade judaica local.
Por engano, Eleanor acaba entrando numa sala onde sobreviventes do Holocausto compartilham suas experiências. Johansson, que é judia e teve parentes mortos no gueto de Varsóvia, optou por não escalar atores para essas cenas. Em vez disso, convidou pessoas que realmente passaram pelos campos de concentração para interpretarem a si mesmas.Embora não tenha vivido esse trauma, ela narra a história de sua amiga Bessie – esta, sim, uma vítima do regime nazista – como se fosse sua. A mentira amarra toda a trama: Nina (Erin Kellyman), uma estudante de jornalismo de 19 anos que acabou de perder a mãe, pede para escrever um artigo sobre a idosa.

Apesar da diferença de idade, o luto as aproxima. O filme mescla momentos de humor (para manter o vínculo, Eleonor vai se embrenhando cada vez mais em suas mentiras) e de emoção. Além de dizer à jovem amiga que se sente igualzinha a como era aos 16 anos, ensina: “você tem que falar sobre as coisas que te deixam triste. Os judeus fugiram da Polônia e nunca falavam sobre o que enfrentaram no nazismo. Apenas seguiam em frente. Isso pode ser bom, mas também te come viva por dentro”.
Assista ao trailer, sem tradução para o português:





