Hoje, temos uma filósofa, Viviane Mosé, 58, para falar não só do envelhecimento, mas de como aceitar esse inevitável envelhecer. Ela lembra que, “tradicionalmente, se trata a passagem do tempo ou a velhice como um mal, um peso, uma dor. E se trata a juventude como se fosse o auge, a melhor época da vida. E a infância, ligada à perfeição.” Não é nada disso, diz Viviane Mosé, para quem “essa é uma visão torta do processo da vida.” E ela tem credenciais de sobra para falar do tema: é escritora, poetisa, psicanalista, especialista em políticas públicas, mestra e doutora em filosofia. Além do mais, como todos nós, está experimentando ela própria o envelhecimento, chegando perto dos 60. A filósofa insiste em um ponto fundamental para quem vê o envelhecimento pelas lentes do pessimismo: “Ser velho não é sinônimo de doença.” E mais: “Se só você vai viver a sua vida do começo ao fim. Essa experiência única que é a vida, você vai vivê-la pensando em agradar aos outros?” – pergunta ela.
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