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‘Eu achava que meu corpo era uma fortaleza indestrutível’

Mara Gabrilli, jornalista, registrou no perfil dela no Instagram: “Tina Turner era gigante, e não só na música. Enfrentou o machismo, o racismo, a violência doméstica. Rainha do Rock, era profusão de estilo e força. Muitas meninas e mulheres pelo mundo ainda ouvirão Tina Turner. E todas seguirão mais fortes.”

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Nem digerimos direito a notícia da morte da nossa rainha do rock, Rita Lee, aos 75 anos, em 8 de maio, e chega a informação do desaparecimento de outra lenda do rock’n’roll: Tina Turner, 83, morreu nesta quarta-feira(24), “pacificamente”, segundo um assessor, em sua casa na Suiça.

A nota informa que a cantora faleceu “depois de uma longa doença.” Mas não dá mais detalhes.

Nos últimos anos,Tina Turner teve vários problemas sérios de saúde, inclusive um AVC, câncer intestinal, pressão alta e insuficiência renal, segundo ela própria, consequência de ter negligenciado a própria saúde.

“Meus rins são vítimas de eu não ter compreendido que precisava controlar, com remédios, a minha pressão alta,” escreveu ela em seu perfil no Instagram, há dois meses.

E completou: “Eu expus a minha saúde a um grande risco ao me recusar a enfrentar a realidade. Durante tempo demais eu acreditei que o meu corpo era uma fortaleza intocável e indestrutível.”

Leia mais sobre Tina Turner nesta reportagem do portal G1:

“Tina Turner, a ‘Rainha do Rock n’ Roll’, morreu pacificamente hoje aos 83 anos após uma longa doença em sua casa em Kusnacht, perto de Zurique, na Suíça. Com ela, o mundo perde uma lenda da música e um exemplo”, afirmou o assessor da cantora, Bernard Doherty.

Anna Mae Bullock nasceu em uma família pobre dos Estados Unidos. Aos 15 anos, foi abandonada pelos pais e cantou em boates para se sustentar.

A cantora, que esbanjava energia, sofreu terrivelmente com o primeiro marido. Foto: Reprodução/Internet

Em uma das apresentações, conheceu Ike Turner com a banda The Kings of Rhythm. Anna Mae pediu para ser backing vocal e em pouco tempo se tornou uma das vozes principais. Ike e a cantora decidiram formar uma dupla e, após se casarem, ela adotou o nome artístico Tina Turner. Ao lado do marido, dominou o cenário da música soul nos anos 60 e 70.

Na vida pessoal, o casamento foi marcado por brigas e escândalos. Alcóolatra e dependente de drogas, Ike culpava Tina pelo declínio da dupla, a agredia, humilhava e traía. Ela apareceu em público diversas vezes com o olho roxo ou com o lábio inchado. Depois de 18 anos, ela pediu o divórcio. Na justiça, propôs abrir mão de todo o patrimônio em troca de manter o sobrenome Turner.

O recomeço

Tina recomeçou do zero. Sem dinheiro, morou com uma amiga e abriu shows para outros grupos famosos, como os Bee Gees. Para voltar ao cenário musical, apostou no rock, influenciada por David Bowie e Rolling Stones (uma curiosidade: Mick Jagger se inspirou em Tina para criar sua icônica dancinha nos palcos). Adotou ainda novo estilo, com roupas ousadas e cabelos loiros espetados.

Em 1984, lançou o álbum “Private dancer”. “Whats love gotta do with it”, que ela não queria gravar quando ouviu pela primeira vez, virou um megassucesso e ajudou Tina a vender mais de dez milhões de cópias em todo o mundo. O título de “rainha do rock” surgiu aos 45 anos. Nos shows e clipes, ela cantava e dançava sem perder o fôlego.

Em 1986, lançou a biografia “Eu, Tina: a história da minha vida”, sobre a trajetória profissional e pessoal com o ex-marido, além de revelar as agressões. O livro virou filme em 1993, estrelado por Angela Basset e Laurence Fishburne.

O álbum seguinte foi “Break every rule”, com o qual Tina fez a maior turnê de sua carreira. Foram 14 meses viajando. Um show desta turnê no Brasil entrou para o livro dos recordes: a cantora reuniu 184 mil pessoas em uma única apresentação no Maracanã. O show foi transmitido ao vivo para todo o mundo.

The best e Ayrton Senna

No início dos anos 90, lançou a música “The best”, tema de alguns atletas. Um deles foi Ayrton Senna, que subiu no palco ao lado de Tina em um show na Austrália, em 1993.

Além da música, ela estrou nos cinemas em 1975 no filme “Tommy”. Dez anos depois, atuou em outro sucesso, “Mad Max – Além da cúpula do trovão”. Cantou também o tema “We Don’t Need Another Hero”. Outra participação marcante em trilhas foi na de “007 contra Golden Eye”.

O sucesso da música “GoldenEye” fez com que Tina Turner, então com 56 anos, lançasse um álbum, “Wildest dreams”. No fim da década de 90, lançou o nono álbum da carreira solo e anunciou a aposentadoria dos palcos. “Twenty four seven” emplacou dois hits, mas o clima de despedida atraiu milhões para os shows.

Anna Mae Bullock nasceu em uma família pobre dos Estados Unidos. Aos 15 anos, foi abandonada pelos pais e cantou em boates para se sustentar.

Brigas e escândalos

Em uma das apresentações, ela conheceu Ike Turner com a banda The Kings of Rhythm. Anna Mae pediu para ser backing vocal e em pouco tempo se tornou uma das vozes principais. Ike e ela decidiram formar uma dupla e, após se casarem, ela adotou o nome artístico Tina Turner. Ao lado do marido, Tina dominou o cenário da música soul nos anos 60 e 70.

Na vida pessoal, o casamento foi marcado por brigas e escândalos. Alcóolatra e dependente de drogas, Ike culpava Tina pelo declínio da dupla, a agredia, humilhava e traía. Ela apareceu em público diversas vezes com o olho roxo ou com o lábio inchado. Depois de 18 anos, ela se cansou das agressões e decidiu abandonar o marido. Na justiça, propôs abrir mão de todo o patrimônio em troca de poder manter o sobrenome Turner.

Tina recomeçou do zero. Sem dinheiro, morou com uma amiga e abriu shows para outros grupos famosos, como os Bee Gees. Para voltar ao cenário musical, apostou no rock, influenciada pelos Rolling Stones e por David Bowie. Adotou também um novo estilo, com roupas ousadas e cabelos loiros espetados.

Cerimônia fúnebra privada

Em 1984, lançou o álbum ‘Private dancer’. O hit ‘Whats love gotta do with it’ teve ascensão meteórica e ajudou Tina a vender mais de dez milhões de cóCpias em todo o mundo. O título de rainha do rock surgiu aos 45 anos. Ela exibia as belas pernas, cantava e dançava sem perder o fôlego, levando a multidão ao êxtase.

Em 1986, lançou a biografia ‘Eu, Tina: a história da minha vida’, que conta a trajetória profissional e pessoal com o ex-marido, além de revelar as constantes agressões. O livro virou filme em 1993, estrelado por Angela Basset e Laurence Fishburne. Ike morreu em 2007.

O álbum seguinte foi ‘Break every rule’, com o qual Tina fez a maior turnê de sua carreira. Foram 14 meses viajando. Um show dessa turnê no Brasil entrou para o livro dos recordes: a cantora reuniu nada menos que 184 mil pessoas em uma única apresentação no Maracanã. O show foi transmitido ao vivo para todo o mundo.

Tina Turner nasceu Anna Mae Bullock em 26 de novembro de 1939, em Nutbush, Tennessee, EUA. Ela ficou famosa no final dos anos 60 como vocalista da banda Ike & Tina Turner Revue, mas depois ela se tornou um sucesso mundial como artista solo.

O porta-voz de Tina Turner informou que haverá uma cerimônia fúnebre privada com a presença de amigos próximos e familiares. “Por favor, respeite a privacidade de sua família neste momento difícil”, diz o comunicado.

Tina Turner ao vivo no Maracanã, em 1988:

Veja também: Tina Turner chega aos 82. Veja o show que ela dá neste vídeo

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