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Intercâmbio após os 50 é como remédio para se sentir mais jovem

 

Fazer intercâmbio no exterior é uma experiência extraordinária

Maya Santana, 50emais

Já falei aqui tantas vezes sobre intercâmbio no exterior para pessoas maduras, gente que já passou dos 50 e quer realizar o sonho de visitar um determinado país, aprender outra língua, conhecer lugares diferentes. O intercâmbio é bom principalmente para quem não tem companhia para viajar ou quer viajar sozinho. O convívio com gente de outros países, de outras gerações, é sempre enriquecedor. Nesta reportagem de Daniela Carasco, para o site universa.uol.com.br, você vai ler o depoimento de mulheres mais velhas que se lançaram na aventura de um intercâmbio. Todas amaram a experiência.



Leia:

Nos últimos anos, uma novidade tem chamado a atenção nas agências de intercâmbio: o aumento da procura desse tipo de viagem por pessoas acima dos 50 anos. Se antes, essa faixa etária anunciava o início da velhice. Agora, ela é vista como o momento de resgate dos prazeres antes restritos à juventude. E viajar sozinho para o exterior a fim de aprimorar o idioma e realizar um sonho antigo tem sido o objetivo de muitos dessa geração.

“Fazer intercâmbio é como tomar um remédio para se sentir mais jovem”, diz a carioca Raimara Pires, 63, que já viajou para a ilha de Malta e Dublin, capital da Irlanda. Ela não é um caso raro. No último ano, as agências Student Travel Bureau e a CI Intercâmbios e Viagem observaram um crescimento de 20% a 30% na procura por intercâmbio nessa faixa etária.

“Eles costumam ser divididos entre dois grupos: aqueles que querem melhorar o idioma para acompanhar as demandas da empresa onde trabalham e os que estão interessados na troca cultural”, afirma Tereza Fulfaro, diretora educacional da CI.

Entre os destinos mais procurados por eles estão Inglaterra, Malta, Espanha, Itália e Estados Unidos. E as mulheres são as mais interessadas. “Elas são mais corajosas”, diz Rui Pimenta, diretor de vendas da STB. “Muitas realizam o sonho que não foi possível na juventude.”

Aqui, Raimara, a baiana Eunice Freitas, 62, e o carioca Ruyter Bernardino, 82, relatam suas experiências.

“Conheci um ‘paquera’ 26 anos mais jovem”

“Desde os 18 anos, trabalhei na área de aviação. Viagem sempre esteve no meu DNA. Só que, de tanto trabalhar, deixei de curtir. Então, assim que me aposentei, decidi fazer as malas. Minha família achou uma loucura. Perguntavam o que eu iria fazer no meio de tanto adolescente. Eu? Só fui. Completei meus 61 anos no intercâmbio, em Malta. O primeiro de muitos. Passei 60 dias passeando e estudando. A idade nunca me impediu de fazer nada. O mais legal é que lá ela também não fez a menor diferença. Além dos vários amigos dos quatro cantos do mundo, encontrei também um paquera, nativo de Malta. Ele tinha 25 e, quando descobriu minha idade pelo Facebook, disse que meu pai havia errado a data do meu nascimento no registro. Foi tão gostoso, somos amigos até hoje. No ano seguinte, parti para Dublin. Fazer intercâmbio é transformador. É como tomar um remédio para se sentir mais jovem. A gente volta mais bonita, com a autoestima lá em cima. Hoje, todo mundo me aplaude. Depois dessas duas experiências, para me manter ativa, comecei a receber estrangeiros na minha casa, em Copacabana [Rio de Janeiro]. Mas isso só até chegar a próxima viagem.” Raimara Pires, 63, que agora inspira as amigas a seguirem seus passos.

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