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É inevitável. Juliana Paes está com 45 anos, uma beleza plena, de chamar a atenção. Mas já está lidando com a questão da idade, do envelhecimento.
“Estou no streaming e é comum as pessoas sugerirem de eu tentar a carreira lá fora. Dizem: “Você fala inglês super bem”. Cara, é difícil pra caramba conseguir um agente lá fora… Boto isso na conta de ser uma atriz latina de 45 anos… É duas vezes mais difícil de acontecer uma oportunidade nesse sentido agora do que eu com 20 anos a menos,” lamenta a atriz.
Nesta entrevista, ela responde: É mais difícil envelhecer diante das câmeras? “É mais difícil. É um exercício de frustração. Porque você se vê de um jeito que não está sentindo. Não se vê do mesmo jeito que se viu, com aquela imagem. Você está ali, fazendo, e de repente, se vê e fala: “Ué, mas eu tô com a pálpebra mais caída”. Mas é isso que você tem.”
Veja a entrevista a Maria Fortuna:
Em entrevista à jornalista Maria Fortuna no “Conversa vai, conversa vem”, videocast do Jornal O GLOBO, Juliana Paes citou uma frase do autor alemão Goethe para falar sobre a passagem do tempo:
— Envelhecer é se despedir progressivamente do mundo das aparências — afirmou a atriz de 45 anos. — É meio que você ir deixando de se importar tanto com o que você está vendo. Não sei se é bem gostar das rugas, mas é o que a gente tem. Tá bom assim? Tá tudo bem. Eu não fico lutando muito com isso.
A atriz viu de perto sua pele ficar toda craquelada ao passar pelo processo de envelhecimento necessário para a caracterização da personagem Jacutinga do remake de “Renascer”. Já tinha aberto mão da vaidade ao viver a Maria Marruá de “Pantanal”, quando precisou parar de malhar, interromper procedimentos estéticos, fazer unhas e sobrancelhas.
Ela conta que mesmo sendo uma das atrizes mais bonitas do Brasil, que construiu bastante de sua trajetória em papéis em que a beleza contava bastante, foi tranquilo abrir mão da vaidade.
— Não achei difícil, juro. Eu já vejo os sinais de envelhecimento em mim. E a gente é resignado, resiliente. Envelhecer é um belo dia. Um belo dia você olha está bigode chinês. Eu senti assim. De repente, olhei… Tô com um grande melasma, que cubro com as minhas bases. Fazia quatro horas de maquiagem para Jacutinga, ficava ali sentada na cadeira, eu já com as minhas hérnias… (risos). É isso: vai envelhecer. E o corpo também. Não fico sofrendo muito, não.
Mas envelhecer na frente das câmeras é mais díficil, né?
— É mais difícil. É um exercício de frustração. Porque você se vê de um jeito que não está sentindo. Não se vê do mesmo jeito que se viu, com aquela imagem. Você está ali, fazendo, e de repente, se vê e fala: “Ué, mas eu tô com a pálpebra mais caída”. Mas é isso que você tem.
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Juliana comentou sobre o etarismo profissional. Muitas atrizes reclamam que à medida que a idade avanço, os papéis bons rareiam.
— Agora, por exemplo, estou no streaming e é comum as pessoas sugerirem de eu tentar a carreira lá fora. Dizem: “Você fala inglês super bem”. Cara, é difícil pra caramba conseguir um agente lá fora… Boto isso na conta de ser uma atriz latina de 45 anos… É duas vezes mais difícil de acontecer uma oportunidade nesse sentido agora do que eu com 20 anos a menos.