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Maioria dos Idosos não considera aposentadoria suficiente para viver

De cada três aposentados, dois ganham um salário mínimo no Brasil. Foto: Reprodução/Internet

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Esta pesquisa realizada pela Serasa constatou o óbvio, uma vez que cerca de 70% dos aposentados brasileiros recebem um salário mínimo, ou seja, R$1.320 reais.

E como é que se vive com esse dinheiro num país com o custo de vida tão alto quanto o Brasil. Não é à-toa que as ruas das grandes cidades estão apinhadas de mendigos. O número de moradores de rua só cresce.

Por isso o resultado da pesquisa, divulgado há cerca de duas semanas, foi esse. O pior é que mais da metade dos entrevistados nessa mesma pesquisa disseram não ter se preparado financeiramente para essa etapa da vida.

Leia o artigo publicado pelo site da CNN:

Sete em cada dez idosos brasileiros não consideram que o dinheiro de uma aposentadoria é suficiente para viver, segundo pesquisa feita pelo Serasa.

O levantamento também aponta que 58% dos idosos consideram que não conseguiram se planejar financeiramente para a melhor idade. E um terço daqueles acima de 60 anos está consumindo reservas financeiras que acumulou ao longo da vida.

Segundo a pesquisa, gastos com saúde estão entre os mais relevantes para 49% dos idosos ouvidos, atrás apenas dos gastos com alimentação, considerados os mais relevantes por 69%.

O levantamento pediu que 1.649 idosos respondessem um questionário virtual de 40 perguntas, entre 22 e 26 de setembro. A confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,4 pontos percentuais.

Veja mais informações sobre os entrevistados abaixo:

Educação financeira para idosos

A educação financeira é uma ferramenta recente no país e deve beneficiar as próximas gerações na preparação para aposentadoria. Pesquisas recentes já revelaram que as faixas etárias entre 18 e 50 anos passaram a consumir muita informação sobre finanças através das redes sociais e dos influenciadores.

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Mesmo com maior acesso, ainda há dúvida sobre a compreensão e a disciplina para garantir mais segurança na terceira idade.

“Não é um processo que acontece com tanta rapidez. Até porque ainda não está claro o impacto que a educação financeira pode causar numa vida econômica mais sustentável. Porque a mudança precisa ser comportamental, não é apenas preencher as contas num caderno”, diz Fernando Gambaro, diretor do Serasa.

Gambaro diz que o Brasil nunca viveu um período em que o debate sobre a situação das finanças das famílias estivesse tão em alta. E cita o Desenrola como indutor desse debate, já que a negociação para limpar o nome de dezenas de milhões de brasileiros toma o noticiário nos últimos meses.

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“Um dos motivos que ainda levantam dúvida sobre o grau de aprendizado com a educação financeira atual é a elevada inadimplência que temos hoje no país. Quando a gente olha a realidade, vemos isso”, ressalva o diretor do Serasa.

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