Pollyana de Moraes
Após um embate acirrado, os americanos decidiram na madrugada desta quarta-feira (07) que o atual presidente do país, Barack Obama, permanecerá no cargo por mais quatro anos. Analistas políticos do mundo inteiro, desde o início da campanha eleitoral, já apontavam a primeira-dama Michelle Obama como um dos principais trunfos da possível vitória contra o republicano Mitt Romney. O resultado não foi diferente.
Aos 48 anos, a popularidade da primeira-dama ultrapassa com folga a do marido, como provou uma pesquisa recente encomendada pelo jornal Washington Post e pela rede de televisão ABC. Michelle Obama é carismática e “pé no chão”, duas características que conquistaram principalmente as eleitoras. “Quando se trata de apoiar nossos direitos e oportunidades, sabemos que meu marido sempre nos protegerá (…) É por isso que ele sempre vai lutar para que nós, mulheres, possamos tomar nossas próprias decisões sobre nosso corpo e a nossa saúde”, declarou ela em discurso feito em Ohio em meados de outubro, tratando de leve da polêmica sobre contraceptivos e aborto, uma assunto recorrente da campanha.
Por conseguir abordar com leveza temas delicados para os americanos, a missão dada a Michelle pelo partido democrata foi mostrar um perfil mais humano e próximo do presidente. O motivo? Apesar de Obama ter promovido avanços sociais e na política externa – Osama Bin Laden foi capturado e morto durante seu governo – o líder não conseguiu frear a crise ecônomica, o que acabou o afastando da classe média. A primeira-dama, então, incentivou uma reaproximação. “Vi de perto que ser presidente não muda o que você é, e sim, revela o que você é”, lembrou Michelle na Convenção Democrata no início de setembro, antes de tecer elogios aos valores morais do marido.
Desde fevereiro, segundo a agência Reuters, Michelle Obama tem dedicado três dias de cada semana para os compromissos da campanha presidencial. Nos dias restantes, ela permanece ao lado das filhas Malia, de 14 anos e Sasha, de 11. Mesmo tendo atuado como uma bem-sucedida advogada antes de chegar à Casa Branca, a primeira-dama gosta de se definir apenas como “mom-in-chief” (algo como “mãe no comando”, em português).Leia mais em www.gnt.com.br