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Moda: nova grife cria modelos para mulheres de mais de 50 anos

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Da esquerda para a direita: Solange Tieko, Andrea Lemos Britto e Valéria Shiozuka, fundadoras da Mon Âme (Foto: Divulgação)

Solange Tieko , Andrea Lemos Britto e Valéria Shiozuka são amigas de longa data. Empreendedoras, embarcaram num primeiro projeto na área de moda, que acabou fracassando. Não desistiram. Aproveitaram a carência de criações de moda para mulheres mais velhas e para aquelas com mais peso, para criar a Mon Âme. As peças da marca, nascida no final de 2019, não têm zíperes, botões, vão do PP ao GG+ e são feitas para mulheres dos 18 aos 80 anos.

Leia o artigo do site Fashion United sobre a Mon Âme:

Sustentabilidade e inclusão são duas palavras bastante discutidas hoje, especialmente na moda e na beleza. A ideia de que cada corpo é único e por ser singular é belo é uma ideia difundida pela geração Z (jovens de 10 a 24 anos, que já representam 45 por cento dos consumidores atuais, de acordo com as palavras da consultora de moda Amy Leverton em palestra recente.)

 “A roupa deve se ajustar ao corpo elegantemente, dos 18 aos 80 anos.” Foto: Divulgação

E foi pensando assim, engajando-se no movimento Body Positive, que vê cada corpo como único e bonito, além da sustentabilidade, que nasceu a marca Mon Âme, lançada no início de novembro em São Paulo pelas sócias Andrea Lemos Britto, Valéria Shiozuka e Solange Tieko.

“Pensamos na moda como um movimento, no sentido literal da palavra, a roupa deve se ajustar ao corpo elegantemente, dos 18 aos 80 anos; além de suprir a carência do mercado no atendimento a pessoas com mais de 50 anos, nas que vestem números acima de 44 e na pessoa com deficiência.” diz Andrea.

Assim, a coleção conta com 69 modelos, sendo que 90 por cento deles foram desenvolvidos de forma a serem fáceis de se vestir. Não têm botões e nem zíperes e o uso de elásticos em locais estratégicos favorecem a comodidade ao vestir. Os tecidos usados são viscose com elastano, linho e algodão.

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Apesar do apelo inclusivo Andrea explica que o volume de buscas estimado para peças que atendem essa demanda tem sido muito pequeno. “Esses são nossos dados do momento, mas a necessidade do segmento é real e pode haver alterações conforme o comportamento do mercado,”justifica.

A grife atende um mercado amplo, que vai até os 80 anos

As vendas são realizadas via e-commerce, e o site tem ainda uma aba com dicas de moda para os diversos tipos de corpos; informações sobre saúde e bem estar e sobre o movimento Body Positive, além de outros assuntos pertinentes à vida contemporânea.

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*”Nossa produção busca o máximo de aproveitamento, com máquinas computadorizadas e corte a laser, que minimiza as sobras. Mensalmente, revertemos resíduos da fábrica na ordem de 400 quilos mensais”, explica Solange. “Doamos esses tecidos para ONGs e comunidades carentes, que os reciclam para tapetes, bolsas e colchas.

Moda alegre e descontraída para quem já passou dos 50/60/70/80 anos

Outra parcela é comercializada a preços simbólicos para pequenos empresários, que trituram e produzem flanelas para limpeza,”complementa. A empresa obedece aos preceitos da produção desacelerada, na escolha criteriosa dos fornecedores e nas relações justas de trabalho.

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A fábrica, localizada no bairro do Cambuci em São Paulo, está numa área de 6 mil m2 e conta com 70 funcionários registrados e mais de 100 máquinas. Painéis fotovoltaicos foram instalados para a redução da energia gasta.

 

Trajes simples e bem charmosos para atender todos os gostos

Andrea explica que foram investidos aproximadamente 500 mil reais para o início do negócio. No momento ainda não divulgam o faturamento, uma vez que a marca é recente.

Clique aqui para conhecer o site da Mon Âme.

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