Modelos mais velhas estão dando as cartas na moda

Maya Santana
Aos poucos, o mundo vai absorvendo o fato e se conscientizando que a população do planeta está mesmo envelhecendo. Nunca houve sobre a face da terra tanta gente com mais de 60 anos. Até a indústria da beleza, tão resistente em mostrar a velhice, está se rendendo a essa realidade.

Recebi há pouco, do meu amigo Luiz Alfredo Hablitzel, residente na Inglaterra, um artigo de Carla Challis, para um site inglês, sobre o número cada vez maior de modelos maduras, com mais de 50, 60, 70 e 80 anos, que estão sendo contratadas por grandes grifes e marcas de cosméticos para serem as estrelas dos seus lançamentos de outono e inverno.

De repente, e já não era sem tempo, é como se a indústria da moda tivesse despertado para o poder de compra dos acima de 50. Na linha de frente, entre os grandes nomes, estão Anjelica Houston, 63, nova “garota propaganda” da Gap, marca internacional de roupas; Brooke Shields, 49, que acaba de ser contratada pela gigante americana de cosméticos MAC; e Jane Fonda, 76, que tem contrato com a francesa L’Oréal.

No início da semana, a revista Forbes divulgou a lista das modelos mais bem pagas do mundo, com Gisele Bündchen no topo. A mais velha entre as que mais faturaram é Kate Moss. Ela completou 40 anos em janeiro. A modelo britânica fez parceria com a rede Top Shop para lançar a sua própria marca e também tem contrato com a joalheria de luxo David Yurman. Kate ficou em quarto lugar na relação da Forbes, com sete milhões de dólares.

Há muitas outras modelos maduras emprestando a sua beleza . Para citar apenas mais duas, conhecidas como atrizes de primeira grandeza: a britânica Charlotte Rampling, 68, é o rosto da linha de cosméticos Nars; e a americana Jessica Lange, estrela de tantos filmes maravilhosos, ganhadora de dois Oscars, aos 65 anos, foi escolhida por Marc Jacobs anunciar a sua linha de batons.
É a indústria da beleza caindo na real.