Os 90 anos foram completados na quinta-feira, mas a comemoração aconteceu antes, no domingo passado, com dezenas de amigos e parentes em torno dela em seu apartamento, no Leblon. Tonia Carrero caminha com dificuldade — valendo-se às vezes de cadeira de rodas — e praticamente não fala, também consequência dos problemas motores. Mas quem estava presente registrou sua emoção.
— A alegria estava nos olhos dela — diz a neta Luiza Thiré.
E que olhos! “O monstro de olhos azuis” — assim ela era chamada, e assim batizou a autobiografia lançada em 1986. Luiza conta que a família pensa em criar uma peça a partir do livro. Ou seja, um espetáculo sobre Tonia, celebração de quem estreou no palco em 1949 (em “Um deus dormiu lá em casa”, de Guilherme Figueiredo) vencendo a resistência dos pais e de seu marido, o artista plástico Carlos Thiré. Musa de Ipanema nascida na Tijuca, Maria Antonieta Portocarrero, a Mariinha, virou a musa nacional Tonia Carrero, legando a paixão pela arte aos descendentes.
— Ela abriu esse caminho na família. Teve muita ousadia, coragem. Sempre soubemos como ela é importante — exalta o filho único, Cecil Thiré, seu parceiro em muitos trabalhos, pai de três atores, um músico e que já tem um dos cinco netos envolvido com teatro.
A importância de Tonia como atriz levou quase 20 anos para ser reconhecida. As atuações em comédias ligeiras e filmes leves da Vera Cruz consolidaram a imagem de uma artista menor de beleza maior — capaz de entorpecer Rubem Braga, Paulo Mendes Campos (“Ela iluminava Ipanema, as praias, a sala, as ruas”, escreveu ele), Di Cavalcanti e todos de quem era próxima. Leia mais em www.oglobo.com.br
Veja o trailer do último filme do qual participou, Chega de Saudade, de 2008:
0 Comentários
Ana, ótima matéria. Tônia é ÓTIMA. bjo bjo
Maya my darling digo algumas..
Uau!!!! 90…. me lembro dela em algunhas novelas com Antonio Fagundes, ela eh otima, sempre vaidozerrima e claro…bjs