CD de Michael Jackson para enriquecer herdeiros

Da equipe do 50emais
Michael Jackson é daqueles personagens que a vida escolheu para dar o que falar em vida e também depois da morte, assim como Elvis Presley, Janis Joplin e Marilyn Monroe, pra mencionar só alguns. O ídolo pop desapareceu em 25 de junho de 2009, dois meses antes de completar 51 anos, daquela maneira súbita, dramática – uma overdose de remédios. Aliás, tão dramática quanto a dos artistas mencionados acima.
E o que aconteceu depois da morte de Michael Jackson? Os herdeiros começaram a lucrar com o legado do cantor e não pararam mais. Foram 160 milhões de dólares no ano passado; 145 milhões, em 2012, e 170 milhões , em 2011, que eles embolsaram.

Agora, está sendo lançado o segundo dos sete discos póstumos previstos no acordo assinado entre a Sony e os herdeiros. Alguns meses depois da morte de Michael Jackson, os dois lados decidiram manter o ídolo vivo através de novos álbuns, lançados em um período de 10 anos. O primeiro, com o título de Michael, chegou ao mercado em 2010. Não vendeu nem 600 mil cópias. O segundo, que chega agora às lojas nos Estados Unidos, Xscape, traz oito músicas inéditas. Os fãs do cantor na Europa foram os primeiros a ouvir a novidade, que já está sendo vendida lá. O mesmo vai acontecer nos próximos dias com as outras partes do mundo, inclusive o Brasil.
O primeiro disco lançado depois da morte do cantor foi muito criticado. Vamos ver como esse segundo será recebido pelos fãs . De acordo com a imprensa, as músicas que compõem Xscape têm a participação de vários artistas, como Justin Timberlake e Beyoncé. Cinco anos depois da morte de Michael Jackson, ele não sai do noticiário. Nem a Sony nem os herdeiros deixam.
Ouça aqui uma das inéditas do novo álbum:
http://youtu.be/0wnuTGGuAVs
Vive-se da morte. Na natureza este é um hábito comum, mas não vejo como hábito natural – e muito comum – esta faceta da natureza humana: viver das conquistas em vida, do morto. Em se tratando de pessoas que deixaram um legado cultural, acho triste herdeiros que como parasitas, exploram o que deveria ser tornado de domínio público e como tal, se tornaria patrimônio da humanidade logo e não 70 anos após a morte do autor. A história da exploração pela família do legado de Michael Jackson é apenas mais uma triste história, assim como a detenção dos direitos autorais da obra de Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Guimarães Rosa…etc, etc, etc… pelos netos, bisnetos, tataranetos…etc, etc, etc…