Em meio à perplexidade geral com a renúncia de Bento 16 – Joseph Ratzinger – a seu papado e à chuva de informações divulgadas após a decisão de sua santidade de anunciá-la ao mundo, um mistério se desfez: os chamativos sapatos vermelhos usados pelo agora papa emérito não são feitas pela grife italiana Prada, mas por um artesão peruano, Antonio Arellano, 43 anos, dono de uma loja situada próximo à Praça de São Pedro. Bento 16 teria encomendado cinco pares.
Os famosos sapatos vermelhos são chamados de múleo. Em uma lista, em 2007, a revista americana “Esquire” apontou o Papa Bento XVI como um dos 23 homens mais bem vestidos do mundo. Num grupo à parte, foi eleito o “melhor portador de acessórios” — os sapatos “Prada”. Um ano depois, o jornal oficial do Vaticano negou a história da origem dos calçados, chamando-a de “frívola”.
Um artigo publicado no “L’Osservatore Romano” explicava, à época, que os sapatos do Papa, assim como sua coleção de chapéus chamados de “extravagantes”, não têm nada a ver com vaidade, mas sim com tradição – outros papas também usaram sapatos vermelhos. “Resumindo, o Papa não veste Prada, mas Cristo”, dizia o texto, sem especificar onde os sapatos eram produzidos.
Os sapatos de couro vermelho foram parte do vestuário dos pontífices durante pelo menos dois séculos, mas o fato de Bento XVI usar sotainas (uma espécie de bata) um pouco mais curtas que alguns de seus antecessores torna mais visível seu calçado.
A partir do momento em que se retirou da vida pública, na semana passada, Bento 16 teria passado a usar os sapatos marrons dados a ele pelo mexicano Armando Martín, durante a viagem do então pontífice ao México, em março de 2012.
Fonte: O Globo
3 Comentários
Essa reclamaçôes vem de não cristãos… para os protestantes riqueza é sinal de salvação né kkkkk
Pode ser Prada, pode ser Cristo mas o fato é que os papas vivem cercados de luxo e riqueza.
O papa não anda de Lamborghini nem usa sapato de diamantes.