Eu tenho uma amiga que brinca dizendo que, felizmente, já não estará neste mundo quando China, Índia, Brasil e Rússia, a turma conhecida como BRIC – agora, acrescida da África do Sul – estiver realmente no comando do planeta. Em todos estes países, o machismo campeia solto. A mulher é tratada como se de uma categoria inferior. Veja o caso da Índia, segundo país mais populoso, com mais de um bilhão de habitantes, que se sobressai como polo tecnológico, mas é a encarnação do atraso quando se analisa o tratamento que dispensa à mulher. Lá, as mulheres estão em pé de guerra, depois que uma jovem de 23 anos faleceu neste sábado em consequência de um estupro coletivo – seis homens – dentro de um ônibus, na capital do país, Nova Delhi. Os estupros são comuns no país. Leia o artigo publicado pela BBC Brasil:
“Muitos a chamaram de “coração valente” ou “filha da Índia”. Mais do que motivar uma onda de orações e protestos em todo o país, a estudante de 23 anos morta no sábado após ser estuprada por seis homens em um ônibus em Nova Déli fez o país se perguntar: “Por que a Índia trata tão mal as suas mulheres?”.
No país, não são raros os casos de aborto de fetos femininos, assim como os de assassinato de meninas recém-nascidas. A prática levou a um assombroso desequilíbrio númerico entre gêneros no país. As que sobrevivem enfrentam discriminação, preconceito, violência e negligência ao longo da vida, sejam solteiras ou casadas.
TrustLaw, uma organização vinculada à fundação Thomson Reuters, qualificou a Índia como o pior lugar para se nascer mulher em todo o mundo. E isso se dá em um país no qual a líder do partido do governo, a presidente da Câmara de Deputados, três importantes ministras e muitos ícones dos esportes e dos negócios são mulheres.
Apesar do papel mais importante desempenhado pelas mulheres no país, crimes de gênero estão em alta na Índia. Em 2011 foram registrados 24 mil casos de estupro – 17% só na capital, Nova Déli. O número é 9,2% maior do que no ano anterior. Segundo os registros policiais, em 94% dos casos os agressores conheciam as vítimas. Um terço desses eram vizinhos. Parte considerável era de familiares.
E não se tratam apenas de estupros. Segundo a policía, o número de sequestros de mulheres aumentou 19,4% em 2011 (em relação ao ano anterior). O aumento dos casos assassinato foi de 2,7%, nos de torturas, 5,4%, nos de assédio sexual, 5,8%, e nos de violência física, 122%.” Continua em www.bbcbrasil.com.br
1 Comentários
HOMENS SEMPRE SOFRERAM COMIGO. QUANDO MEU EX MARIDO ME APERTOU O PESCOÇO, EU ME SOLTEI DELE E O ESPANQUEI COM VÁRIOS SOCOS.