Uma mulher solteira, sobretudo a partir da meia idade, passa por muitas agruras. Por algum motivo, a nossa sociedade não valoriza nem tiquinho a mulher sozinha, sem um acompanhante – seja filho, marido, amante, companheiro de trabalho, qualquer um, desde que seja homem. Esse assunto é abordado de maneira muito interessante neste artigo, publicado com o título de “Mulheres Solteiras” pelo blog Sem Retoques, do Estadão.
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O assunto está em alta. O Huffington Post publicou uma série de textos chamada “o que eu sei sobre ser solteira” aos 20, 30 e 40 anos. O tema é sensível, porém necessário. Dia desses, uma amiga disse que estava saindo com um cara que falou para ela – veja bem, durante o encontro – que toda mulher de 30 anos (a idade dela) só pensa em se casar. Ela, claro, saiu em defesa das mulheres e de si própria. Por um triz, não respondeu: “Olha, eu até estaria casada, mas só me aparecem homens como você”. Mas se segurou. Será que deveria?
Pessoas, vamos lá. Amar é muito bom. Ter alguém para dividir as dores, delícias, contas, dificuldades, alegrias… alimenta o sono, o corpo, tudo que nos faz saudáveis e felizes. Um cobertor de orelha é maravilhoso – e digamos que a vida fica tão mais cinza sem uma historinha de amor para contar… A grande questão levantada por esses textos não é amar ou não amar. Para isso todo mundo tem a resposta. O questionamento é “por que muitas mulheres só se sentem realizadas (enquanto mulher) se têm um homem ao lado?”. E quando não se está com alguém (mesmo que não seja um namorado strictu sensu), é como se você tivesse de se desculpar o tempo todo e dizer “o problema não é comigo”.
A justificativa faz parte do dia a dia da mulher solteira, que, mesmo sem perguntar nada, escuta de tudo. “Você é muito inteligente, isso assusta os homens”; “Você tem personalidade forte, isso assusta os homens”; “Você é autêntica demais e assusta os homens”. A lista de baboseiras é infinita. Não acabam justificativas esdrúxulas para julgar uma mulher solteira. Não preciso nem dizer que o contrário não vale. Um homem solteiro não tem nem de esboçar uma frase sobre seu estado civil. Ninguém se dá o trabalho de perguntar.
Poxa, a maioria das pessoas não quer só um companheiro (namorado/marido), mas um encontro amoroso, não é verdade? E digamos que isso não é uma das coisas mais fáceis de se esbarrar na vida. Algumas mulheres – é preciso dizer – namoram/ficam/casam sem amor, só por medo de ficarem sozinhas e ter de responder ao mundo – e a elas mesmas – essa pergunta chata: “Nossa, mas vocêêêê, solteira? Porque, se é tão bonita?”. É muito cruel. Em uma palestra, recentemente, uma escritora contou o caso de uma grande executiva que era solteira, mas usava uma aliança só para se sentir mais respeitada no seu meio de trabalho. Repito: no meio de trabalho. Quer dizer, uma mulher solteira é menos competente do que uma casada? Ou será que ela faz isso para fugir da visão estereotipada “bem sucedida, mas sem vida pessoal”? A que ponto nós chegamos? Clique aqui para ler mais.
3 Comentários
Gostei da atividade desse mulher
Eu estou com 51 e amo mulheres com 50 ou mais estou solteiro e gostaria muito de conhecer alguém porque acabei de sair de um relacionamento
Podemos nos conhecer