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Paula Cademartori, a brasileira da bolsa que conquistou Milão

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Paula com um dos modelos de sua grife

Maya Santana, 50emais

Esta é uma história de sucesso. Uma brasileira que saiu do Rio Grande do Sul e foi para a Itália, direto para Milão, com a intenção de fazer um curso e acabou trabalhando para marcas internacionais importantes. Mais do que isso, aproveitando a experiência adquirida, Paula Cadmartori deu um passo ousado: criou a sua própria grife, hoje sucesso absoluto quando se trata de bolsa. Não é uma bolsa qualquer. Todas elas são feitas a mão. Beyoncé, Lady Gaga e Jessica Alba são algumas das celebridades que não dispensam uma Paula Cadmartori. Não precisa dizer que custam uma pequena fortuna.

Leia o artigo de Erika Zidko para a BBC Brasil:

A gaúcha Paula Cademartori, 35 anos, dona de uma grife de acessórios de moda em Milão, tem cavado espaço no restrito mundo de alto luxo com calçados e bolsas que custam de 600 euros a dois mil euros (de R$ 2,5 mil a R$ 8 mil).

Lançada em 2010, a marca da brasileira produz hoje cerca de 10 mil artigos por ano, todos feitos à mão na Itália. Entre as clientes estão celebridades como Beyoncé, Lady Gaga e Jessica Alba.

De todas as combinações de cores possíveis

“Não foi fácil chegar até aqui. Tive muitas recusas, portas fechadas, comentários negativos sobre o meu trabalho, respostas que nunca chegaram. Mas jamais pensei em desistir, nunca me dei essa opção. Era continuar ou continuar”, diz ela à BBC Brasil.

Cademartori chegou na Itália em 2005 para cursar um mestrado em acessórios no Instituto Marangoni, uma das principais instituições de ensino de Moda e Design no mundo.

Veja o desenho e as cores dessa: é a bolsa do momento

“Durante um ano inteiro, nunca saí para me divertir. Eu passava a maior parte do tempo em bibliotecas e dormia só três horas por noite. Uma colega brasileira se espantava com o fato que eu não quisesse sair nunca. Mas eu tinha apenas um ano para aprender mais sobre História e Artes, e correr atrás do que eu queria.”

A brasileira, que é descendente de italianos e tem dupla cidadania, conta ter sido a melhor aluna do curso de acessórios daquele ano. “A bolsa que desenhei durante o curso fez tanto sucesso que foi logo colocada em produção”, conta.

Para quem gosta de bolsas de cores mais fortes

Ao concluir as aulas, Paula foi contratada pela empresa de acessórios Orciani. Um ano depois, passou a trabalhar para a grife Versace. “Foi uma experiência fantástica, em que aprendi bastante sobre os mecanismos internos de um marca internacional.”

Mas, dois anos depois, ela decidiu deixar o emprego para criar a própria marca. Foi um período de grande investimento para a estilista que, mais uma vez, voltou a estudar – desta vez um MBA em Gerenciamento de Luxo, na Universidade Bocconi.

Após trabalhar para marcas internacionais, ela decidiu criar sua grife

“Meus pais ficaram preocupados quando deixei o emprego, mas o dinheiro que me deram foi como um presente de casamento. Afinal, casei com a minha marca”, brinca.

“Foram oito meses pesquisando materiais, conhecendo fornecedores, visitando lojas e preparando o lançamento. Quando passei a solicitar orçamentos com meu próprio nome, sem o aval de uma grande marca, percebi quanta discriminação ainda existe contra mulheres e, mais ainda, contra mulheres jovens”, afirma. Clique aquipara ler mais.

Com traje bem esportivo
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