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Tanto para idosos como para crianças a porcentagem de vacinados contra o vírus da influenza(gripe) não chegou a 50% da população, muito abaixo da meta do Ministério da Saúde, que é de 90%.
Essa baixa cobertura se deve muito à desinformação, informações incorretas, mentirosas, que circulam em torno da vacina. E é responsável pelos hospitais e postos de saúde estarem lotados de pacientes, muitos, principalmente, idosos, em estadpo grave.
Médicos, como a pediatra Dra. Letícia Correa garantem que, com alta circulação do vírus influenza (da gripe), principalmente nas capitais, a vacina é comprovadamente a forma mais eficaz de prevenção.
Leia o artigo completo de Carolina Campos:
Além das crianças, a gripe causada pelo vírus influenza pode trazer complicações graves para idosos, que em muitas famílias, são parte essencial da rede de apoio, como avós e cuidadores.
“O vírus da influenza circula mais no inverno, quando pessoas ficam aglomeradas em locais fechados, e isso aumenta os riscos, sendo a vacina comprovadamente eficaz na imunização”, diz a pediatra Dra. Letícia Correa.
Para ela, “a prevenção é importante para evitar que as UTIs fiquem lotadas, e que muitas famílias se desorganizem completamente quando um adulto, que dá suporte às crianças, adoece”.
Desinformação é um perigo
Segundo a médica, o impacto da desinformação tem levado pessoas equivocadamente a evitarem as vacinas:
“Há casos de evolução de gripes em idosos para estágios complicados, até fatais. Os avós muitas vezes são a base da rede de apoio das famílias. Quando adoecem, toda a dinâmica familiar é impactada, seja no cuidado com as crianças, seja na sobrecarga dos pais, que precisam reorganizar tudo diante de uma internação, de uma complicação ou, infelizmente, de uma perda”.
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”A influenza é uma infecção respiratória com potencial de gerar complicações graves. Após dias de febre, crianças ficam com a imunidade mais baixa, o que pode facilitar outros contágios e infecções, exigindo, em muitos casos, tratamento com antibióticos e até internação”, diz a médica.
Para ela, “vacinar é proteger a família inteira e, por consequência, manter as crianças com saúde, segurança e rotina preservadas”.
Desinformação e baixa imunização estão relacionadas
”Desde a pandemia, aumentou muito a desinformação sobre vacinas”, diz a Dra Letícia, que faz um alerta: “Discursos que misturam pseudociência, misticismos,movimentos antivacina, entre outros, trazem mais insegurança à população. É mito que a vacina pode causar gripe, pois é produzida com vírus inativado, morto, incapaz de causar a doença. O que ocorre, muitas vezes, é uma coincidência de fatores, onde a contaminação por outros vírus respiratórios se manifesta no mesmo período da vacinação.”
Segundo ela, o Brasil tem um dos sistemas de imunização mais bem estruturados do mundo: “As vacinas passam por rigorosos controles de qualidade e segurança, e toda aplicação é registrada no Ministério da Saúde, com dados do lote e CPF do vacinado.
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Reações adversas graves são extremamente raras e, quando ocorrem, são notificadas e investigadas. Na grande maioria dos casos, os efeitos são leves e passageiros, como dor no local da aplicação ou breve mal-estar. O risco real está na doença, não na vacina. E a prova está nos hospitais, onde vemos casos graves de infecções respiratórias que poderiam ser evitadas”, alerta a especialista.
“A desinformação afeta famílias inteiras, que se assustam com relatos isolados quando deveriam buscar a segurança das evidências científicas”, conclui.
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