
Miriam Moura
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Paris é a melhor cidade para se viver hoje, segundo a pesquisa sobre Qualidade de Vida 2025 da revista britânica Monocle, focada em arte, cultura, design e temas internacionais. Madri está em segundo lugar (eleita pelo quesito saúde); seguida por Atenas (melhor “nightlife”); Barcelona (meio ambiente) e Viena (melhor no quesito moradia).
As informações de medidas adotadas nas campeãs do ranking são muito interessantes. Os madrilenhos, por exemplo, desfrutam de três mil horas de sol por ano, e costumam ser encontrados se exercitando, correndo ou pedalando pelos 60km de áreas verdes da cidade”.
Em Atenas, terceira colocada pela vibrante “nightlife”, as casas noturnas costumam ficar abertas enquanto houver gente se divertindo nelas. Barcelona enfrentou três anos de seca, e adotou estratégias para tornar a cidade mais verde, priorizando as pessoas em cruzamentos que eram predominantemente ocupados por carros. Agora são arborizados, com áreas sombreadas e espaço para florescimento da vida comunitária.

Entre as dez metrópoles eleitas paraísos urbanos pela Monocle também figuram no ranking Zurique (mobilidade); a Cidade do México (sociabilidade); Lisboa (ruas seguras); Tóquio (limpeza) e Tallinn (capital da Estônia, melhor lugar para start-ups).
Ler sobre esses dez lugares incríveis e atrativos já é uma delícia, e ainda melhor é a sensação que o mundo pode ficar melhor com urbanismo e soluções criativas de gestores municipais que realmente estejam comprometidos em transformar suas cidades em ambientes agradáveis, mais seguros, mais encantadores e verdes.
A Monocle relata as transformações que levaram Paris a conquistar o primeiro lugar. “A capital francesa tem muitos pontos fortes”, afirma o editor. “É um extraordinário coquetel”, reforça um arquiteto e consultor de desenvolvimento urbano da Câmara Municipal de Paris, enquanto passeia pelo Jardim das Tulherias a caminho do trabalho, no Hôtel de Ville, prédio atualmente sede do poder municipal.

Ao ler sobre as cidades eleitas, lembrei da célebre frase sobre a capital francesa dita em Casablanca: “Nós sempre teremos Paris” (apostaria que muitos de vocês também lembraram do filme … rs).
A prefeita Anne Hidalgo tem feito intervenções urbanas que tornam Paris mais limpa, verde e segura, enquanto protege as coisas que dão à capital dos franceses seu charme inimitável. “A Paris do século XXI se parece muito com a do século XX, mas isso explica em grande parte o seu apelo. E hoje também é uma cidade mais internacional e mais do que nunca voltada para o exterior”, continua a revista.
A publicação da pesquisa na edição de julho da Monocle coincidiu com a minha volta de viagem recente a Lisboa (a passeio) e a Londres, para participar do SXSW (South By Southwest), o maior festival de inovação, criatividade e tecnologia, e o primeiro numa cidade europeia.

Rever as duas capitais – Lisboa sempre linda e cheia de boas recordações, e Londres, uma de minhas paixões eternas e onde vivi por quase dois anos; me levou a refletir sobre a importância das cidades em nossas vidas e o enorme impacto que exercem sobre todos nós.
Seja em viagens para renovar o olhar e vivenciar bons momentos, seja em nosso dia a dia; cidades limpas, verdes e seguras devem ser o alvo de cada um de nós, não só dos gestores municipais. Os prefeitos devem cuidar que as cidades possam preservar seu charme peculiar, e ofertar bons serviços públicos em saúde, segurança, saneamento, além de áreas verdes para passeios e espaços públicos limpos e convidativos. E cabe a nós, residentes ou turistas eventuais, fazer a nossa parte, por mínima que seja.
Se você ficou com vontade de viajar para alguma dessas capitais europeias, de sair para passear num parque ou mesmo de prestar atenção no pôr do sol da sua cidade, minha coluna já terá cumprido seu papel. Viajar é o melhor da vida.
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