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Programas de intercâmbio em outros países atraem aposentados

Depois de quase cinco décadas da tentativa inicial, Artemísia Moreira, de 65 anos, fez seu primeiro intercâmbio na Inglaterra - Freelancer / Bia Guedes
Depois de quase cinco décadas da tentativa inicial, Artemísia Moreira, de 65 anos, fez seu primeiro intercâmbio na Inglaterra – Foto: Bia Guedes

Maya Santana, 50emais

Viajar para outros países num programa de intercâmbio está entre os temas que mais atraem internautas ao 50emais. Isso porque o assunto deixou de interessar apenas aos jovens Eu mesma, aos 65, vivo pensando em entrar em um desses programas e passar um tempo no interior da França, aprimorando o francês. Para quem quer viajar sozinho, não há melhor alternativa. Nesse artigo, Priscilla Aguiar Litwak, de O Globo, conta a história de duas mulheres, ambas aposentadas, que participaram de intercâmbios em Londres e simplesmente amaram. É verdade que enfrentamos uma crise econômica dos diabos. Mas se você conseguiu juntar algum dinheiro, essa é uma boa hora de comprar moeda estrangeira – estão com cotação baixa. E se preparar para alçar voo:

Leia o que dizem Artemísia, 65, e Maria Helena, 73:

Fazer intercâmbio é o sonho de muitos estudantes, inclusive universitários. Agora, é uma realidade que cabe nos projetos de vida de quem já passou do período escolar, tem mais de 50 anos de idade ou até se aposentou. A astróloga Artemísia Moreira, de 65 anos, viveu essa experiência ano passado, quando ficou três semanas em Londres, na Inglaterra. Ela revela que ainda na adolescência fez uma prova numa escola para estudar nos Estados Unidos. Na época, não foi muito bem no teste e acabou perdendo a vaga. Artemísia conta que embora tenha sido uma experiência ruim, ela não ficou frustrada. E comemora a realização do objetivo cerca de cinco décadas depois.

— Foi até bom, porque eu prefiro mesmo Londres — conta a astróloga.

Artemísia fez o programa Club 50+, criado pela empresa BEX Intercâmbio, que tem sede em Niterói. As turmas são específicas para alunos com mais de 50 anos, e os passeios são voltados para esse público. O pacote inclui hospedagem, que pode ser compartilhada com pessoas da mesma idade.

Nova família em Londres
A astróloga, no entanto, decidiu fazer o curso regular e optou por ficar numa casa de família:

— Eu já tinha ido a Londres algumas vezes, mas, no intercâmbio, foi completamente diferente. Eu ia como turista, e, pela escola, tive uma experiência como se fosse londrina. Minha nova família também me acrescentou muito, e eu conheci colegas de várias partes do mundo. Além da diversidade cultural, é interessante o intercâmbio entre as idades.

Maria Helena, de 73 anos, fez dois intercâmbios e planeja o terceiro também em Londres – Foto:Bia Guedes

Artemísia aprimorou seu inglês, fez vários passeios, um deles ao Museu Sherlock Holmes, e participou de uma comemoração do Dia de São Patrício num pub irlandês. A astróloga gostou tanto do programa que já está de malas prontas para embarcar para um novo intercâmbio ainda este mês, nos mesmos moldes, desta vez na Escócia.

João Mofati, sócio da BEX- Niterói, explica que os clientes podem optar por pacotes personalizados, como fez Artemísia. Ele ressalta que a procura pelo intercâmbio tem sido expressiva nessa faixa etária:

— É uma fase em que as pessoas têm mais tempo e menos compromissos.

Quem também fez esse investimento foi a aposentada Maria Helena Braga, de 73 anos. Estudante do curso de idiomas da Cultura Inglesa, em São Francisco, ela conta que não sabia da existência de programas específicos para pessoas de sua idade, como o Cult Trip, oferecido pela escola. Clique aqui para ler mais.

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