Desta vez, parece que a inauguração sai mesmo. Depois de ter a sua abertura adiada algumas vezes, a Casa Daros, imenso casarão do século 19, em Botafogo, que vai abrigar o maior centro de arte latino americana contemporânea, anunciou a abertura de suas portas ao público no dia 23 de março. Esta é uma grande notícia para o Rio e para o Brasil, pois, no que se refere à arte da América Latina, a Casa Daros é um colosso. Leia o artigo de Roberta Pennaforte, do Estadão:
“Plantar no público brasileiro o interesse pela ainda pouco difundida arte latino-americana, lançando mão da presença dos próprios artistas e com foco permanente na educação. Se a colossal reforma de cinco anos de duração do casarão do século 19 escolhido sede já era uma ousadia da Daros Latinoamerica, instituição suíça com um acervo de 1.100 obras de 116 artistas da região, sua meta pós-inauguração é ainda mais ambiciosa.
Prometida primeiro para 2008 e depois adiada, a abertura da Casa Daros, o único espaço cultural no mundo a expor esta coleção – a mais abrangente de arte contemporânea da América Latina reunida na Europa -, foi fixada em 23 de março de 2013, um sábado.
Está quase tudo pronto, o mobiliário chegando, o restaurante e a cafeteria sendo finalizados, mas a direção preferiu não iniciar os trabalhos no período de férias nem de carnaval. No começo de 2013 chegam as obras: pinturas, vídeos, instalações, esculturas, tudo de 1960 para cá. A maior parte dos artistas é viva, o que aviva as reflexões sobre essa produção – eles poderão ser convidados a vir ao Rio.
A rigor, o funcionamento começou antes das obras, com os programas tocados em lugares “emprestados”, como o Museu de Arte Moderna e o Centro Cultural Banco do Brasil. Como o Meridianos, que por cinco meses reuniu duplas de criadores de diferentes gerações e bagagens para discussões (Waltercio Caldas e o mexicano Carlos Cruz-Diez; Vik Muniz e o argentino Leandro Ehrlich, entre outros), simpósios internacionais e oficinas com jovens artistas.
Para 2013, a programação está alinhavada. Os 11 mil metros quadrados do terreno de Botafogo se abrem com a exposição Cantos Cuentos Colombianos, que trará uma seleção de dez artistas; entre eles, a escultora Doris Salcedo e o fotógrafo Juan Manuel Echavarría. No segundo semestre, entra Julio Le Parc, o mestre argentino da arte cinética.
Ali era um antigo orfanato, posteriormente feito escola. Os dormitórios, salas de aula e refeitórios se converteram em espaço expositivo. O interior e os pátios do prédio neoclássico de 1866, tombado e da Santa Casa de Misericórdia, que o subutilizava, foram mexidos.” Continua em www.estadao.com.br