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O fotógrafo mineiro Sebastião Salgado morreu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, exatamente uma semana antes da inauguração de uma mostra com suas obras no Rio de Janeiro. A partir da próxima sexta (30), a Casa Firjan (@casafirjan), em Botafogo, recebe a exposição “Trabalhadores”, com 149 fotografias do artista que retratam as diferentes faces do trabalho ao redor do mundo. Com curadoria da esposa do fotógrafo, Lélia Wanick Salgado, a mostra ressalta o olhar sensível do fotojornalista sobre variados tipos de trabalho manual.
Feitos entre 1986 e 1992, os registros incluem imagens de garimpeiros da Serra Pelada, no Brasil, pescadores de atum da Sicília, na Itália, construtores de barragens na Índia e até operários combatendo incêndios em poços de petróleo no Kuwait.(O Globo).
A morte do fotógrafo e ambientalista Sebastião Salgado, um dos mais conhecidos do mundo – nascido em Minas Gerais, tinha cidadania francesa – foi um dos fatos mais marcantes desta semana. Ele morreu em Paris, aos 81 anos, onde morava desde os anos de 1960, em decorrência da malária que contraiu na década de 1990.
Sebastião Salgado registrou a luta e a miséria humanas e a exuberância da natureza em mais de 100 países, tornando-se o fotógrafo brasileiro mais aclamado de todos.
Ele também se dedicou de corpo e alma à um grande projeto ambientalista, na cidade mineira de Aimorés, o Instituto Terra.
A nota divulgada pelo instituto a propósito de sua morte diz: “Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora.”
Leia o artigo publcado pela BBC News Brasil:
Morreu nesta sexta-feira (23/5) o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, na França. Ele tinha 81 anos e vivia em Paris.
Nascido no Vale do Rio Doce, no município mineiro de Aimorés, o estilo do seu trabalho está profundamente arraigado em sua infância no Brasil rural.

Ao longo dos seus mais de 50 anos de carreira, Salgado alcançou fama internacional por suas extraordinárias composições em preto e branco, em que captava tanto as maiores belezas naturais, quanto as maiores atrocidades promovidas pelos homens.
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, diz a nota do Instituto Terra.

Criado por Sebastião e sua companheira, Lélia, a ONG, com sede em Aimorés, se dedica à recuperação e restauração do meio ambiente, em especial da Mata Atlântica.
Economista de formação, Salgado começou a fotografar no início da década de 1970 na França, onde vivia desde então, e nunca mais parou.

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Trabalhou para as agências Sigma, Gamma e Magnum. Atualmente, as fotos de Salgado fazem parte das coleções de numerosos museus e instituições importantes ao redor do mundo.
Era imortal da Academia de Belas Artes da França desde 2017, tendo sido agraciado com os mais importantes prêmios da fotografia mundial.

O concurso Sony World Photography Awards 2024 agraciou o fotógrafo brasileiro por sua “destacada contribuição à fotografia”.
“Suas imagens, expostas em importantes instituições culturais e destacadas em publicações de todo o mundo, se transformaram em um símbolo do jornalismo fotográfico contemporâneo”, escreve a Organização Mundial de Fotografia.

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