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Sharon Stone: o renascer da última grande estrela de Hollywood

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Aos 62 anos, Sharon Stone é considerada uma dessas atrizes de Hollywood que amadureceram “com naturalidade”, sem abusar das cirurgias rejuvenescedoras. Quando completa 40 anos de cinema e prepara um grande papel sob a batuta de Ryan Murphy em ‘Ratched’. Foto: Getty Images

A beleza da Sharon Stone vai atravessando o tempo e, aos 62 anos, a linda atriz dá a impressão de realmente ser bem mais jovem. A foto acima é uma prova disso. Foi registrada numa festa em Los Angeles, nos Estados Unidos, em fevereiro de 2020. Veja que ela ostenta seus cabelos grisalhos. A beleza e talento, no entanto, não se refletiram na sua carreira, cheia de filmes mal sucedidos. Ela ainda é conhecida pelo seu papel em “Instinto Selvagem”, de 1994.

Sharon Stone está na mídia do mundo inteiro, porque estrela uma nova série da Netflix, Ratched, dirigida por Ryan Murphy. E mereceu esta longa e ótima reportagem de Guillermo Alonso, do jornal El País.

Leia:

Em 1994, aos 35 anos, Sharon Stone era uma das duas maiores estrelas de cinema mundial por ter protagonizado Instinto selvagem, um filme tão famoso e influente que ultrapassou a condição de sucesso cinematográfico para se tornar um marco global da década de noventa. Mas virar sex symbol aos trinta e tantos lhe prometia um reinado muito curto numa indústria muito cruel. A apreciação de “uma das duas maiores estrelas” não é dela mesma, e sim do The New York Times. A outra era Julia Roberts, quase uma década mais jovem que ela. Também eram mais jovens Demi Moore e Meg Ryan. “Enquanto Julia interpreta vítimas que precisam ser resgatadas por um homem, Sharon está melhor do que nunca quando interpreta mulheres fortes e capazes”, escreveu a jornalista Suzannah Andrews. Instinto selvagem, com o qual alcançou a fama mundial, foi seu filme número 18. Antes tinha encadeado fracassos de bilheteria, desastres de crítica e algumas porcarias onde sempre fazia o mesmo papel de loira sexy, fosse ela manipuladora ou manipulada.

Sharon começou como modelo na agência Ford. De fato, é possível que seu físico de beleza loira, gélida, muito alta, de extremidades largas e andar quase extraterrestre, tenha sido um de seus empecilhos para ir muito longe: os espectadores sempre acharam complicado enxergar algo além dessa beleza superlativa que se destacava na tela. Foi, provavelmente, o motivo pelo qual os primeiros 12 anos de sua carreira foram tão desastrosos, se excetuarmos um papel sem fala em Memórias, de Woody Allen, sua estreia em 1980, uma coadjuvante com graça em Diferenças Irreconciliáveis e o papel de vilã em O Vingador do Futuro, o ponto de inflexão em sua carreira que nos traz até aqui.

Veja a cena da cruzada de pernas que entrou para a história:

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