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‘Temos o poder de criar o paraíso, um paraíso sem fronteiras, infinito,  dentro de nós’

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é como acender uma fogueira, você acende as chamas dentro de você. Para isso é preciso amar o fogo, é preciso se amar o bastante para sair   daquele estado de ir levando a vida ou, como diz a música, deixando a vida nos levar. Foto: Acervo de família

Marlene Damico Lamarco
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“Paixão: um caso de amor com a vida.”

Não conheço o autor dessa frase, mas gostaria de conhecer.  Imagino que seja uma mulher… o pensamento tem um calorzinho feminino, sugere  algo mais nas entrelinhas, como as mulheres gostam de deixar implícito.

Já pensaram nisso? Ter um caso de amor com a vida?

Ter um caso, namorar, ser amante, buscar novas emoções a cada encontro, suspiros entrecortados, arrepios e o pasmo essencial que corta a respiração e nos coloca extasiados diante da alegria de sentir o coração bater, feliz pelo simples fato de estar batendo, vivo, desperto, cheio de esperança e vibrando de amor.

Sentir paixão pela vida,  buscar o próprio caminho e achar muita graça nisso…

Para viver em estado de graça é preciso  certo cuidado, um olhar mais  atento e uma boa dose de entusiasmo.

A palavra entusiasmo vem do grego e significa “ter um Deus dentro de si”. Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. A pessoa entusiasmada era aquela que “era possuída” por um dos deuses, e, por causa disso, podia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem.

Quando estamos possuídos por essa magia, o mundo adquire uma  nova dimensão, somos transformados por uma alquimia santa que nos tira o sono. Que maravilha perder o sono por uma paixão! Paixão por alguém, paixão por um projeto maluco, por uma inspiração que nos confere o poder de transformar coisas banais em coisas sagradas.

O que torna as coisas sagradas? Não será esta magia dentro de nós? A magia  precisa de espaço, de intenção, é como acender uma fogueira, você acende as chamas dentro de você.   Para isso é preciso amar o fogo, é preciso se amar o bastante para sair   daquele estado de ir levando a vida ou, como diz a música, deixando a vida nos levar.

Podemos recriar o nosso presente.  Precisamos de momentos de exaltação,  exaltação criadora, artes, relacionamentos, entrega,  novas experiências cuidadas com zelo e cheias de esperança. É como plantar sementes, você  absolutamente consciente,   escolhe a qualidade das suas flores e cores e as  joga no ventre, como para gerar filhos.

Você fecundando você mesmo com as sementes do  divino, do seu espírito soprando sobre o seu humano, de maneira tão vigorosa e inspirada, que lhe  traz o poder de transcender e viver um pouco do paraíso na terra.

Temos este poder de criar o paraíso, um paraíso sem fronteiras, infinito,  dentro de nós…

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