O piloto Ayrton Senna teria completado 53 anos de idade no último dia 21 de março, se não tivesse perdido a vida no circuito de Ímola, na Itália, naquele primeiro de maio de 1994. Logo depois do acidente, sua irmã, Vivianne, mais velha dois anos, assumiu todos os negócios relacionados com o piloto e criou a Fundação Ayrton Senna. Na época do acidente, ela trabalhava como psicóloga e cuidava dos três filhos. De lá para cá, com sua grande habilidade como administradora, tornou a instituição mais poderosa, e angariou respeito. Hoje, aos 54 anos, é uma das grandes executivas do país. Leia a entrevista que ela concedeu ao jornal Valor:
“O Brasil não conhecia Viviane. Até que ela dissesse, em tom sempre discreto e muito educado, o sobrenome conhecido, reconhecido e respeitado por japoneses, italianos, suíços, alemães, franceses e por gente que a gente nem imagina. Senna. Curto e sonoro. Marca e mito. Alçado ao pódio pelo irmão, o piloto Ayrton. Por batismo Senna da Silva, brasileiríssimo, uma chancela verde-amarela como a bandeira que tremulava em suas mãos vitoriosas.
O Brasil não conhecia Viviane. Até que aquele violento acidente na curva Tamburello roubasse de Ayrton o direito de seguir vencendo. Senna se foi diante dos olhos aturdidos do mundo, naquele fatídico feriado de 1º de maio de 1994, na italiana Ímola. Desorientou e machucou a família. O Brasil. E o mundo.
A introspectiva Viviane viveu uma dor ainda mais doída do que a daquela comovente multidão de anônimos. Mas, quando tomou em suas mãos o emblemático capacete amarelo, deixou definitivamente de ser um deles (ou quase). A vida, que seguia natural e tranquilamente seu curso – a de uma psicóloga que atendia em seu consultório, casada, mãe de três filhos -, desviou de rota.
Viviane precisou falar. Viviane precisou se expor. Precisou enfrentar a timidez quase exagerada para tornar-se a porta-voz de um sonho do irmão mais novo. Um sonho revelado pelas beiradas bem pouco tempo antes. Faltava alguns dias para começar a temporada de 1994 da Fórmula 1 e Ayrton Senna refugiava-se no Brasil, como fazia todo ano, entre o fim de um campeonato e o início do próximo. Estava no avião da família a caminho da casa em Angra dos Reis, quando disse à irmã que pretendia ajudar as crianças do país.
Não houve tempo para uma segunda conversa. Nem sequer um rabisco sobre o projeto. Nada. O silêncio precoce de Senna deixou mais essa lacuna. “Tivemos uma conversa muito rápida, ele disse que queria ajudar crianças e jovens do Brasil e pediu para eu pensar em alguma coisa”, conta. Leia mais em valor.com.br.
2 Comentários
vivi as vezes vejo videos de airton senna, fiquei lembrando do esforços que ele fazia pelo brasil nao devia de ariscar tanto. nao vai ter igual a ele porque ele e o mellhor de tudo…
me arrependo de ter assistido as corridas dele, sou fa numero 1 ate mais, no meu coraçao
pra mim ele esta sempre vivo e nunca vai morrer.sem mais para o momento ana maria dos santos…..
Só um detalhe me deixa perplexa. Uma mulher tão nobre, elegante e séria se esquecer de citar o pedagogo Antonio Carlos Gomes da Costa, que a ajudou a elaborar, consolidar e colocar em prática o Instituto Ayrton Sena. Mineiro, ele morreu em outubro de 2011, mas deixou descendentes pedagógicos aos milhares. Inclusive, Viviane é uma delas. A obra de Antonio Carlos não vai morrer nunca.