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Alunos em NY terão aula sobre preconceito de idade

O preconceito de idade se manifesta a toda hora e precisa ser combatido. Foto: Reprodução/Internet

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A iniciativa de escolas de Nova York de enfrentar o preconceito de idade desde cedo, nas escolas, é pioneira e das mais louváveis, uma vez que, apesar do número de idosos só crescer, o chamado etarismo está por toda parte.

Aqui no Brasil, os alunos se beneficiariam muito de aulas que conscientizassem da importância de se respeitar os mais velhos.

Sabemos que o preconceito é muito mais disseminado na sociedade e encontra abrigo em muitos adultos. Mas se começarmos cedo, com certeza, as próximas gerações se comportarão de maneira diferente, com mais deferência e compreensão do que é o envelhecimento. Até por que, todos, a menos que morram antes, alcançarão a velhice.

Leia os detalhes desse projeto piloto em Nova York neste artigo de Mariza Tavares, do blog Longevidade: Modo de Usar, publicado por O Globo:

Entre uma aula de álgebra e outra de literatura, alunos do Ensino Médio de 13 escolas do Brooklyn, em Nova York, terão aulas sobre etarismo ou ageísmo, isto é, o preconceito contra os mais velhos. Trata-se de um projeto piloto desenvolvido em parceria por dois departamentos (o equivalente a nossas secretarias): de Educação e do Envelhecimento.

Lorraine Cortés-Vázquez, responsável pelas ações voltadas para os cerca de 1.64 milhão de idosos de Nova York, espera que a iniciativa se espalhe por toda a cidade e ajude a aumentar a consciência sobre o preconceito. Na sua opinião, os adolescentes estão numa posição excepcional para entender a extensão dos efeitos adversos do etarismo:

“Muitos jovens já experimentaram algum tipo de preconceito e, se você sabe o que é ser ferido, marginalizado e não ter privilégios, vai refletir sobre o que significa causar esse tipo de dor”.
O programa exibirá vídeos para derrubar estereótipos negativos sobre a velhice e prevê entrevistas com idosos. Cortés-Vázquez quer ir além, promovendo o que chama de “uma conversa” entre jovens e velhos. No último verão, uma ação com adolescentes – que se inscreveram na prefeitura para uma espécie de intensivão sobre etarismo – convenceu os funcionários da secretaria a investir nos estudantes.

“Perguntamos a eles se o curso havia mudado seu modo de ver as coisas e o retorno foi surpreendente, com depoimentos emocionados”, disse Cortés-Vázquez. Michael Prayor, superintendente das escolas de Ensino Médio no Brooklyn, afirmou que o piloto representa uma “questão pessoal” para ele: “penso no meu pai, que tem 93 anos. Quero que ele viva numa sociedade na qual seja respeitado, amado e cuidado. A melhor maneira de começar a mudança é através dos jovens”.

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