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Há 20 dias sou cozinheira, arrumadeira, lavadeira – malabarista

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Cenas como esta, no domingo, em volta da lagoa da Pampulha, enfureceram o Prefeito de BH

A grande discussão neste momento é se há alguma sensatez em relaxar o isolamento social imposto para impedir que o novo coronavírus se propague. É inacreditável, mas muitas autoridades estão defendendo o relaxamento. Como alguém pode incentivar a circulação de pessoas se ainda nem chegamos ao pico da contaminação e os números só crescem? Difícil compreender.

Ao invés de aprender com países como a Coréia do Sul, na Ásia, e a República Tcheca, na Europa, que contiveram o vírus basicamente com isolamento social, vamos copiar os erros cometidos pela Itália e pela Espanha?

O novo coronavírus tem um poder de contaminação muito maior do que o vírus da gripe. E se propaga com grande velocidade. Nesta sexta-feira, o Brasil ultrapassou os mil mortos pela covid-19. Nada nos leva a crer que devemos abrir a porta e sair para a rua.

Minas Gerais vive uma situação peculiar. O governador Romeu Zema (Partido Novo), depois de se encontrar com o Presidente Jair Bolnaro(sem partido) em Brasília, voltou falando em “flexibilizar o isolamento social”. Algumas categorias teriam autorização para voltar logo ao trabalho.

Já o Prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, acaba de baixar um decreto restringindo ainda mais o vai e vem de pessoas nas ruas da capital mineira. Kalil acredita que, se o isolamento social for relaxado, “vamos virar Milão”, referindo-se à cidade italiana (capital da Lombardia, região mais atingida da Itália pela covid-19), que registrou um número altíssimo de infectados e teve problemas para enterrar tantos mortos. Ouça o que ele, com seu linguajar solto , diz:

Concordo inteiramente com Alexandre Kalil e com o ex-presidente Barak Obama, que disse hoje: “O maior erro que os líderes podem cometer é desinformar.”

Carolina com o marido, Fabrício, e os dois meninos,Miguel e Francisco, que valem por 10

“Compartilho do mesmo medo e da mesma esperança de que isso vai logo se resolver “

Para minha alegria, as pessoas atenderam o meu convite e já começaram a enviar ao Diário de Maya relatos de como estão vivendo a quarentena imposta pela ameaça do novo coronavírus.

Nunca vivemos nada nem parecido com o que estamos enfrentando agora. Por isso, todo mundo tem uma história para contar. Como Carolina Costa, mãe de duas crianças, com quem ela e o marido convivem as 24 horas do dia, já que as aulas estão suspensas. Duas crianças que, nas palavras de Carolina, valem por 10.

Leia o relato simpático dessa professora e mãe de família:

“Compartilho do mesmo medo e da mesma esperança de que isso vai logo se resolver. Curioso como o vírus criou pequenas bolhas nas cidades.

De um lado Maya, em casa, cercada por irmãos, todos no grupo de risco, na luta diária dos afazeres domésticos. De outro, eu em minha casa, com Miguel e Francisco pintando o sete, Fabrício compartilhando comigo da loucura de ficar em casa 20 dias com duas crianças que parecem 10.

Nesses dias, deixei de lado minha profissão de professora para 40 alunos e me tornei professora exclusiva dos meus filhos, que tem aula online, mas somos eu e meu marido que tiramos as dúvidas e lhes ensinamos as lições.

Há 20 dias sou cozinheira, arrumadeira, lavadeira e pequena realizadora de sonhos, fazendo pipoca, panqueca, bolos e biscoitos para as crianças. Os pequenos brincam, assistem tv ou leem revistinhas da Turma da Mônica.

Em tempo de novo coronavírus, Miguel, 6, e Francisco, 4, agitam os dias dos pais

Além dos afazeres domésticos, eu e Fabrício lemos um livro, assistimos filmes, séries, malhamos e procuramos evitar ao máximo sair de casa, passamos a usar os serviços de entrega, que, graças a Deus, funcionam super bem.

E, assim, a vida segue, cada um na sua bolha com os seus familiares, mas compartilhando do medo e da esperança de que vamos sair desta.”

Escreva você também para o Diário de Maya do 50emais – contato@50emais.com.br – contando como está enfrentando a sua quarentena. E a gente publica aqui.

Gerobusca, o site que ajuda o idoso a encontrar o que procura

O primeiro site de buscas voltado para atender pessoas com mais de 60 anos

Já existe no mercado muitos produtos e serviços destinados a idosos. Mas, mesmo numa metrópole como São Paulo, não é fácil encontrar o que se procura. O site Gerobusca nasceu com essa finalidade: ajudar pessoas acima dos 60 anos a encontrar o que estão procurando: de itens ligados à saúde a orientação sobre como fazer um testamento vital. De cursos a entretenimento, esporte e lazer.

Como estamos enfrentando a Covid-19, o site, comandado pelas irmãs Nellie Solitrenick, fotógrafa, e Márcia Glogowski, jornalista, traz uma aba com informações relativas à pandemia.

O Gerobusca pode ser acessado em www.gerobusca.com.br e tem também Instagram: https://www.instagram.com/gerobusca/?hl=pt-br

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