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Nelson Motta: um novo amor aos 78 anos

Com a nova namorada, a jornalista gaúcha Patricia Pontalti, 48 anos. Foto: Facebook

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Numa das crônicas que escreveu recentemente, Nelson Motta contou que, desde o carnaval, tem “um novo amor intenso e apaixonado e correspondido, com grandes benefícios para a autoestima e estimulo para melhorar e aproveitar mais cada dia.”

Só por este trechinho dá para ver que o jornalista e escritor já estava “caído” pela nova companheira. Pois quem lê a crônica que ele publicou neste domingo(11) em O Globo, passa a ter uma certeza:  aos 78 anos, Nelson Motta está enamorado.

E não esconde seu estado de espírito: “Cada encontro é a expectativa do próximo, movido pelo amor e pelo desejo, que nada limita ou obriga, só a vontade de estar junto, o prazer de se preparar, se vestir e perfumar”(para encontrá-la) – escreve ele, sem citar o nome da jornalista gaúcha, Patricia Pontalti, 30 anos mais jovem, e, pelo que se vê nas redes sociais, entusiasmada em igual medida com o relacionamento.

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Nem casado nem solteiro, nem amante nem ficante, o melhor e mais gostoso do amor é ser namorado. Estar enamorado e se sentir amado e desejado.

Vivendo o amor como uma sedução permanente, na sua fugacidade e urgência, com a chama das primeiras vezes ardendo a cada nova descoberta, com o encantamento de desejar quem te deseja e retribui teu afeto com entrega e confiança.

Não é uma aliança, uma certidão, um juramento, mas o namoro é um compromisso de amor, um compromisso informal e sincero, em que a liberdade do outro e a sua criam espaço para o encontro de histórias pessoais, valores, experiências, sonhos e fantasias, para a conexão de corpo e alma pelo sexo e a amizade, o amor e o humor, o presente prazeroso e a promessa de felicidade, olhando nos olhos e abrindo o coração.

Já não importa se próximos ou distantes, o namoro moderno é multimídia, com textos, fotos, vídeos, áudios, além de conversas intermináveis como as de adolescentes no telefone, e entre o remoto e o presencial se enriquece com as trocas de histórias, as promessas de felicidade, os planos e sonhos de cada um, e dos dois, as lembranças de bons momentos vividos, juntos ou separados.

Namoro é aprendizado do outro, é a descoberta de uma pessoa e um mergulho em seu mundo interior, seus valores e sentimentos, sua forma de expressá-los, ouvindo suas palavras e respeitando seus silêncios.

No namoro, cada encontro é a expectativa do próximo, movido pelo amor e pelo desejo, que nada limita ou obriga, só a vontade de estar junto, o prazer de se preparar, se vestir e perfumar, literal e metaforicamente, para dar e receber prazer, de viver cada momento com intensidade e entrega.

E depois cada um vai viver sua vida, pagar suas contas e correr atrás dos seus desejos. Para ter histórias para compartilhar, para nutrir e alimentar o amor.

O grude é o pr

imeiro grande inimigo mortal do namoro; a independência, a autoestima e a liberdade de escolha, os maiores aliados.

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Namoro é conquista diária, é o fluxo permanente da dopamina do reencontro, o pensamento na felicidade e na alegria da pessoa amada, em seu crescimento e sua independência, atendendo com prazer os seus desejos e recebendo com gratidão o seu afeto. Namoros podem ser eternos.

Manancial de declarações de amor de várias formas, de referências bem escritas, ditas e sentidas, o namoro é um romance em movimento, escrito pela vontade de dizer ao outro, e a si mesmo, os seus melhores sentimentos, os mais fortes e genuínos, da sua melhor maneira, como um sonho de amor.

Ela e o espelho

Quero ficar bonita para mim,
e linda aos olhos do meu amor,
para seu prazer e alegria de me ver,
por me fazer sentir ainda mais bela,
no corpo, na pele, no perfume,
que me veste, me despe e me anuncia,
no vermelho da boca e das unhas,
no olhar azul de serpente,
para encantá-lo e seduzi-lo,
fazê-lo feliz e saciado,
para prendê-lo e libertá-lo,
e que para ele não exista,
mulher mais bela do que eu,
espelho meu.

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