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Os textos na internet falsamente atribuídos a autores famosos

Luiz Fernando Veríssimo,80, é um dos que mais sofrem com esta onda de textos erroneamente atribuídos a ele
Luiz Fernando Veríssimo,80, é um dos escritores mais visados

Maya Santana, 50emais

Esta manhã, recebi um texto de uma amiga muito querida, assinado por Luis Fernando Veríssimo. Como estou cansada de ver artigos na internet atribuídos erroneamente a autores famosos, fui confirmar a autoria. Não deu outra: o autor pode ser qualquer um, menos o filho de Érico Veríssimo. O escritor gaúcho nem nunca ouvir falar do tal texto, que você vai ler abaixo.

Na semana passada, mais um caso: Estava com amigos quando um deles me mostrou um poema escrito por Pablo Neruda. Achei bonito e publiquei. Não passou muito e uma das atentas visitantes do 50emais chamou a minha atenção para erro na autoria.

Muitas vezes, a gente identifica que o artigo não foi escrito por este ou aquele autor. Outras vezes, porém, nem suspeitamos. Nestes tempos em que notícias falsas passam como verdadeiras, quando se trata de internet, temos que confiar desconfiando – todo cuidado é pouco.

Não sei se é por causa do estilo, mas um dos escritores que mais sofrem com este tipo de “rasteira intelectual” é Luis Fernando Veríssimo. Há um site dedicado a LFV, que publica os muitos textos que ele nunca escreveu mas, por mais que desminta, continuam circulando na rede como se fossem dele.

Leia este, falsamente, dado como de Luis Fernando Veríssimo:

Eu tomo um remédio para controlar a pressão.
Cada dia que vou comprar o dito cujo, o preço aumenta.
Controlar a pressão é mole. Quero ver é controlar o preção.
Tô sofrendo de preção alto.

O médico mandou cortar o sal. Comecei cortando o médico,
já que a consulta era salgada demais.
Para piorar, acho que tô ficando meio esquizofrênico. Sério!
Não sei mais o que é real.
Principalmente, quando abro a carteira ou pego extrato no banco.
Não tem mais um Real.

Sem falar na minha esclerose precoce. Comecei a esquecer as coisas:
Sabe aquele carro? Esquece!
Aquela viagem? Esquece!
Tudo o que a “presidenta” prometeu? Esquece!

Podem dizer que sou hipocondríaco, mas acho que tô igual ao meu time: – nas últimas. Bem, e o que dizer do carioca? Já nem liga mais pra bala perdida… Entra por um ouvido e sai pelo outro.

Faz diferença… “A diferença entre o Brasil e a República Checa
é que a República Checa tem o governo em Praga e o Brasil tem essa praga no governo”

“Não tem nada pior do que ser hipocondríaco num país que não tem remédio”

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