
“Cheguei no alto da montanha e estou contemplando”
Marina Colasanti acaba de completar 86 anos. Lê mais do que escreve, flutua entre o mundo polarizado, prefere o presente ao passado – apesar dos golpes da vida. Quando conversou com o Estadão no seu aniversário de 80 anos, em 2017, a escritora, que é uma das mais importantes do País, falava com uma espécie de sensação de missão cumprida: não tinha medo da morte, porque as filhas estavam bem e criadas. Mas então o inimaginável aconteceu, e Fabiana, sua primeira filha, morreu no início de 2021, nove meses depois de descobrir um câncer.