Ícone do site 50emais

Uma visão errada da velhice

Há uma visão até preconceituosa do envelhecimento. Reprodução/Internet

 

50emais

Criou-se uma série  de lendas em relação ao nosso envelhecimento que  tem pouca relação com a realidade.

Uma mistura de desconhecimento com preconceito faz com que muita gente acredite, por exemplo, que uma pessoa mais velha não aprende mais nada. A pessoa pode ter até mais dificuldade, mas, com certeza, aprenderá.

Há ainda a crença que só mulheres sofrem de osteoporose,  quando os homens também são vítimas da doença, embora em número menor.

Leia o artigo de Mariza Tavares, do blog Longevidade: Modo de Usar, do Globo:

Quem se lembra das figurinhas “Amar é…”, criação da neozelandesa Kim Grove que mostrava um casalzinho pelado com frases românticas e foi um sucesso na década de 1980? Pois imagine fazermos algo semelhante com “Ser idoso é…”. Infelizmente, é bem provável que veríamos uma enxurrada de estereótipos. O Instituto Nacional de Saúde (NIH em inglês), referência norte-americana em boas práticas, listou dez equívocos bastante comuns que apresentam uma visão limitada e incorreta da velhice. Tenho certeza de que todos poderão aumentar a relação…

Solidão e depressão são normais na velhice

É verdade que, à medida que envelhecemos, nosso círculo de amizades e relações tende a se estreitar. O luto pela perda de pessoas queridas pode provocar tristeza, ansiedade e depressão. No entanto, esses não são sentimentos típicos da velhice quando alimentamos uma rede de afetos e nos dedicamos a atividades que nos dão prazer e um propósito. Há inclusive diversos estudos mostrando que idosos tendem a sofrer menos de depressão do que adultos jovens.

Idosos precisam de menos horas de sono

O fato de termos mais dificuldade para dormir – e as mulheres enfrentam o problema a partir da menopausa, por causa do declínio na produção do estrogênio – não significa que precisemos de menos horas de sono. Idosos também deveriam dormir entre sete e nove horas, para se beneficiarem de todas as coisas que uma noite de descanso traz: bem-estar físico e mental, maior capacidade de foco e aprendizado.

Velhos não aprendem coisas novas

Há um ditado infame que perpetua o preconceito: “não se ensina truque novo a cachorro velho”. Embora o processamento de informações possa sofrer mudanças com a idade, a experiência acumulada ao longo da vida é uma grande aliada. A chamada reserva cognitiva faz com que pessoas maduras sejam capazes de resolver problemas até mais facilmente. O mantra deveria ser o oposto: o aprendizado contínuo é que mantém nosso cérebro afiado.

A demência é inevitável

O risco de desenvolver uma demência realmente aumenta quando envelhecemos, mas não é uma sentença inevitável que acompanha todos os idosos. Pequenas falhas de memória podem ser comuns, mas qualquer mudança significativa de comportamento e humor vale uma visita ao médico. Um estilo de vida saudável, que inclua alimentação equilibrada, atividade física, sono de qualidade e uma rede de relações sociais, é o melhor “antídoto” contra o declínio cognitivo.

Sair da versão mobile