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Aumento da barriga na menopausa: como cuidar

Esse processo do aumento da barriga pode começar até sete anos antes da pausa final da menstruação, na chamada perimenopausa, que em geral tem início lá pelos 45 anos. Foto: Reprodução/Internet

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Um excelente artigo de Sílvia Ruiz, do blog Ageless, publicado pelo Uol, sobre as alterações que nós sofremos no abdomen com a chegada da menopausa. O crescimento da barriga é um problema que incomoda boa parte das mulheres, pois tira a elegância. E pode comprometer a saúde, se nada for feito para reduzir. 

Saiba por que a barriga cresce nessa fase da vida e o que se pode fazer para impedir que esse aumento acabe compromentendo a nossa saúde. Comer menos e melhor é uma das recomendações, além, é claro, de fazer exercícios físicos.

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Eu conheço poucas mulheres que passaram dos 45 e não viram a circunferência da barriga ganhar uns centímetros a mais. Mesmo comendo a mesma quantidade de sempre, fazendo as mesmas atividades, esse acúmulo de gordura localizada, que antes poderia estar nas coxas e no bumbum, parece surgir do nada e se instalar ali no meio do corpo para ficar.

A tal “barriga da menopausa” é uma das consequências mais comuns da transição hormonal pela qual as mulheres passam nessa fase. E esse processo pode começar até sete anos antes da pausa final da menstruação, na chamada perimenopausa, que em geral começa lá pelos 45 anos.

“Os hormônios modificam o corpo transformando a criança em mulher, os ovários começam a funcionar em torno dos 10 anos, e aos 15 anos em geral já apresentamos o contorno feminino, cintura mais fina e o aumento de quadril trazendo o realce feminino que define a diferenciação estética da mulher adulta. Certamente os estrogênios produzidos pelos ovários estão como maestros deste perfil, mas eles não trabalham sozinhos. A genética que traz os perfis corporais e o estilo de vida vão colaborar para que este corpo tenha uma silhueta tipo violão”, diz a endocrinologista e nutróloga Vânia Assaly.

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E o que faz nosso corpo mudar de violão, ou pêra, para um formato que lembra mais uma maçã nessa fase? O que ocorre é uma mudança drástica de como nosso corpo armazena gordura. Conforme nossos ovários deixam de produzir o hormônio feminino estrogênio, a gente passa a acumular gordura mais como os homens, ou seja, na parte central do corpo.

E embora a gente possa até não se importar esteticamente com a circunferência maior do abdômen, nem almejar uma barriga chapada, essa gordura pode trazer riscos à saúde. “Depósito de gordura central é responsável pelo aumento da incidência de diabetes, esteatose hepática (gordura no fígado), hipertensão arterial, entre outras doenças”, alerta a médica. Essa gordura, chamada visceral, é considerada mais perigosa pelos especialistas.

Ou seja, é normal que a maioria de nós passe por isso, mas demanda atenção. E há, sim, muito que a gente pode fazer em termos de estilo de vida para mudar esse quadro. Não é fácil eliminar essa gordura teimosa, mas é possível reduzi-la pelo menos a um patamar que não cause riscos à saúde.

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Coma um pouco menos e melhor

É preciso controlar um pouco melhor as porções de comida do que quando éramos mais jovens, principalmente as mais calóricas. Vânia recomenda uma alimentação com redução de carga glicêmica. Uma dica é seguir uma alimentação mediterrânea (Na mesa dos moradores dessa região está a comida fresca e natural como frutas, legumes, peixes, azeite, oleaginosas, grãos e cereais. Leites e queijos são consumidos com parcimônia):

Mexa-se mais

A atividade física, incluindo exercícios aeróbicos e treinamento de força (principalmente musculação), pode ajudar na perda do excesso de gordura. À medida que você ganha músculos, seu corpo queima calorias com mais eficiência, o que facilita o controle de peso.

Além disso, você ainda ganha uma sensação de bem-estar que o exercício traz. Não fazer exercício na peri e pós-menopausa não é mais uma opção para quem quer saúde e peso equilibrado.

Para quem não tiver contraindicação, fazer a reposição do estrogênio, justamente o hormônio que o corpo vai parando de produzir nessa fase, pode ajudar. já falei aqui da reposição hormonal e da minha experiência com ela.

Por último, nada de se culpar, de perder a autoestima ou se achar a última das mulheres por conta de uma barriga. Nosso foco, antes de mais nada, deve ser na saúde. E mudanças de hábito e corporais podem levar tempo. Por isso vá com calma, persistência e os benefícios vão surgir. As mudanças devem ser para a vida, não para caber num jeans de quando era mais jovem.

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