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Toda a família dele é gorda. Ele driblou a obesidade com disciplina e uma boa dieta

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Não se pode perder de vista o sábio princípio que diz: “Tudo pode, mas que seja pouco.” Foto ilustrativa: reprodução da internet

Roger Penn, 50emais

Nascido em uma família geneticamente programada para ter significativa parcela de gordos, quase obesos, a minha infância conseguiu escapar desse destino, pois fui uma criança bem magrinha. Essa trajetória de leveza corporal acabou no meio da adolescência, quando o excesso de refrigerantes, sanduíches e doces fizeram os números na balança subirem e as minhas formas arredondadas.

O inicio de uma atividade que exigia longos percursos na velha bike holandesa Philips da minha mãe (sem marchas e outras facilidades modernas) reconduziu meu peso aos padrões ditos normais – algo em torno de 63 quilos (aos 18 anos) sustentados por 1,75 m de altura.

Esse equilíbrio durou até que as cervejas, vinhos e comidarias generosas em graxos animais levaram a balança a reiniciar seu avanço em busca de um novo recorde pessoal em sobrepeso. Relativamente até que não era muito, mas, em termos absolutos, revelava uma explosão de carboidratos sinalizados em dobras laterais, barriga proeminente e mais de 90 quilos – aos 30 anos.

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O socorro de um médico amigo veio em forma de uma dieta especial, criada por ele, à base de proteínas – mas sem os exageros que esse tipo de regime alimentar acaba cometendo. O pequeno segredo dessa dieta foi consumir proteína, mas cuidando para não levar junto as gorduras que (quase sempre) acompanham essa classe de alimentos. E também não abrir mão integralmente dos carboidratos, apenas reduzi-los bastante. Eliminação total, apenas do açúcar de cana ou seus similares. O resultado foi obtido em apenas alguns meses, reduzindo o peso para menos de 70 quilos. Mas se a balança sorria, meu rosto padecia – com aspecto de magreza doentia.

Após algumas readaptações da dieta (acompanhadas pelo médico), o equilibrio entre rosto, corpo e balança foi obtido – e durou por aproximadamente 15 anos. O avanço da idade, a genética e um ligeiro descuido quase levou todo esse esforço por água abaixo. Após algum tempo percebendo a balança com números ascendentes, os 50 anos chegando e os parentes mais próximos ganhando peso, adaptamos a dieta anterior às novas necessidades do corpo quinquagenário – isto é, proteínas & carboidratos em doses equilibradas e mínimo de açucares. O sábio principio que diz ‘tudo pode, mas que seja pouco’. De quebra, algo importantíssimo: acrescentar caminhadas diárias ligeiras (30 minutos), totalizando pelo menos 150 minutos semanais.

Há quase 20 anos mantendo os mesmos 80/81 quilos, parece que a força de vontade e a determinação em buscar saúde pelas vias naturais, superaram a inevitável sedução de quase todos em botar a culpa na genética ou na vida corrida – e deixar o barco da boa forma naufragar em exagerados pratos de guloseimas, assados envoltos em gorduras e copos infindáveis de bebidas alcoólicas.

Manter a saúde e a boa forma exige um novo estilo de vida.

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