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Vai viajar? Veja como evitar a “síndrome da classe econômica”

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A “síndrome” , ou trombose venosa profunda, é mais comum em quem passou dos 40 anos

A doença é provocada quando a pessoa fica longo tempo sem movimentar as pernas em viagens de aviões, trens e até automóveis. Dr. Dráuzio Varella define a trombose venosa profunda, conhecida popularmente como “síndrome da classe econômica,” como uma doença que pode ser grave, causada pela formação de coágulos (trombos) no interior das veias profundas.” Segundo o médico, “na maior parte das vezes, o trombo se forma na panturrilha, ou batata da perna, mas pode também instalar-se nas coxas e, ocasionalmente, nos membros superiores,” causando, por exemplo, embolia pulmonar. Ter mais de 40 anos é um fator de risco.

Como ainda estamos em férias escolares, esta é uma boa hora para ler este artigo, com mais detalhes sobre o que causa e como a doença pode ser evitada.

Leia:

O período das férias é de alegria e de diversão e, muitas vezes, tudo isso está associado a viagens, seja de ônibus, de carro ou até mesmo de avião. Porém, o longo tempo sentado, sem se mexer, durante a viagem pode trazer prejuízos à saúde. A síndrome da classe econômica é nome popular associado à trombose venosa profunda que pode acometer qualquer pessoa.

Embora esteja associada a viagens de avião, esse tipo de doença também é descrita em outros meios de transporte. “Não importa qual é o meio, o que é relevante para o surgimento dessa doença é o longo período sem a movimentação adequada nas pernas. Muitas vezes as pessoas viajam comprimidas em poltronas e há, portanto, falta de circulação sanguínea. Esse é o gatilho para o surgimento dos trombos”, explica o cirurgião vascular Francisco Simi.   

Simi aponta que, com a circulação adequada comprometida nas pernas, aumenta a pressão venosa e coágulos começam a circular pelo corpo. O risco é que eles cheguem, por exemplo, aos pulmões. “O risco é enorme! Os pulmões, assim como os outros órgãos, precisam receber sangue oxigenado. O coágulo é um impedimento das funções orgânicas normais. Há sim um risco de morte muito grande por embolia pulmonar”, reforça o médico.

PERIGO

Embora a doença não tenha um público determinado, pessoas que já possuem histórico de varizes e pacientes em tratamento de câncer são as mais propensas a desenvolverem a síndrome durante uma viagem de longa duração. “Também os cardiopatas precisam ficar atentos! Pacientes com antecedente de trombose nos membros inferiores ou que tiveram fraturas recentes nas pernas e mulheres que fazem uso de contraceptivo, inclusive, podem desenvolver a síndrome com mais facilidade”, alerta.

A trombose venosa profunda pode ser absolutamente assintomática. Quando aparecem, podem envolver:

Embolia pulmonar

Edema;

Dor;

Calor;

Rubor (vermelhidão)

Rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo.

ORIENTAÇÕES

As principais orientações para evitar esse tipo de doença durante as viagens, ou em qualquer outra situação que envolvam longos períodos sem a movimentação adequada para favorecer a circulação sanguínea, é fazer pequenos exercícios. “Busque sempre levantar-se e caminhar um pouco pelo corredor, movimentar os pés. Essas pequenas atividades podem ajudar bastante”, orienta Simi. Outras dicas importantes:

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