O preconceito existe. Não há como negar. É só uma pessoa mais velha começar a namorar – se casar, então, nem se fala – uma outra bem mais jovem para surgirem os inevitáveis comentários. Aos 83 anos, o ator Stênio Garcia é casado com uma mulher 36 anos mais nova. E sente na pele esse tipo de preconceito: ” “Combato o preconceito sendo eu mesmo, fazendo o mínimo de concessões que a sociedade pede e não acho bacana”, diz ele a Bruno Astuto da revista Época. Dou meu inteiro apoio a ele. O importante na vida é estar bem. Mesmo que isso implique em romper com as convenções.
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Nesta quarta-feira, primeiro de julho, o Circo Voador, no bairro carioca da Lapa, será o palco do lançamento da campanha Rio sem Preconceito, com o tema CEDS: A sua voz na Luta Contra a Homofobia, com show de Zélia Duncan, Preta Gil, Mart’nália, Roberta Sá, entre tantos, acompanhados pela banda de Pretinho da Serrinha. Vários artistas foram convidados para gravar vídeos – que serão exibidos nos transportes públicos do Rio e para o Brasil inteiro pela TV a cabo – a convite de Carlos Tufvesson, coordenador da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio (CEDS). Entre eles, Paolla Oliveira, Betty Lago, Thiago Martins, Marcos Pasquim, Bruno Gagliasso e Glória Pires; quatro deles pais de família que defendem, com unhas e dentes, a luta contra o preconceito: Antonio Pitanga, Mateus Solano, Alexandre Borges e Stênio Garcia. “As pessoas precisam se educar. Precisamos dar um basta e cuidar melhor do Brasil e das pessoas do país. O preconceito escancara a falta de caráter. É uma coisa que realmente torna-se uma fraqueza de quem o exerce”, diz Borges à coluna.
Solano, que protagonizou, ao lado de Thiago Fragoso, o comentado beijo gay da novela Amor à Vida, diz: “Combato o preconceito sendo eu mesmo, fazendo o mínimo de concessões que a sociedade pede e não acho bacana. O machismo não é bacana. A homofobia não é bacana. E tantas outras fobias derivadas do preconceito certamente não tem raiz em mim”.
Com 83 anos recém-completados, Stênio Garcia comenta que é vítima de preconceito por ser casado com uma mulher 36 anos mais jovem, Marilene Saade. “Sou considerado uma pessoa idosa e amo uma jovem. Existe preconceito também, mas estou aqui para lutar contra isso. Estamos agindo pelo indivíduo, pela cidadania. Sou brasileiro, cidadão, gosto de ser livre e quero que a discriminação não atinja mulheres, gays, lésbicas, negros…”. Os vídeos foram dirigidas por Sônia Moraes com produção de elenco de Candé Salles.