Fios brancos não são a única transformação dos cabelos que vem com a idade . Eles podem sofrer alterações e ficarem inclusive mais finos. Além disso há vários fatores que contribuem para o envelhecimento dos cabelos, como explica uma especialista neste artigo de Mariana Coutinho: “O sol é aquilo que mais envelhece o fio do cabelo. O cigarro também, assim como alterações importantes de dieta ou hormonais. Os fatores externos, como muita química, também expõem muito o cabelo, porque alteram a pele do couro cabeludo.” E ela dá dicas de como proteger o seu cabelo.
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Os tons prateados dos fios não são a única mudança dos cabelos com a idade. Do mesmo jeito que a pele da mulher sofre alterações após a menopausa, o cabelo também passa por fases. Como todo processo de envelhecimento, a evolução das mudanças pode ser retardada com ações preventivas e amenizada com o cuidado diário.
No cabelo, as alterações estão relacionadas ao envelhecimento dos folículos pilosos, estruturas que produzem os fios. Com o tempo, a produção fica mais lenta e o fio fica mais fino. Além disso, a densidade capilar também cai. E o cabelo pode ficar um pouco mais ralo. Em torno dos 70 anos, 98% da população tem os cabelos de grisalho a branco.
“O melanócito, que produz a melanina transferida para o fio, tem determinados anos de vida. Além disso, com o passar do tempo, produzimos mais água oxigenada dentro dessa unidade do folículo piloso, ou seja, há uma reação de oxidação otimizada por reações que vem com a idade. Então, temos um envelhecimento cronológico, que tem a ver com a genética. E dentro desse envelhecimento cronológico, o estilo de vida também vai impactar”, explica a dermatologista Juliana Neiva.
Cuidados com os fios – Segundo ela, a prevenção pode retardar o envelhecimento dos cabelos: “O sol é aquilo que mais envelhece o fio do cabelo. O cigarro também, assim como alterações importantes de dieta ou hormonais. Os fatores externos, como muita química, também expõem muito o cabelo, porque alteram a pele do couro cabeludo”. A médica explica que essa parte da pele vai ficando mais sensível com a idade, o que pode ocasionar ressecamento.
Ela indica também que nessa fase há mais risco de quebras químicas e queda de cabelo para quem tem tendências. Para prevenir maiores problemas, recomenda o uso de protetores térmicos e hidratação, além de chapéus e bonés para não expor o couro cabeludo demais ao sol. Há também tratamentos que podem ser feitos em consultório a depender da causa dos problemas. Alguns deles incluem hormonoterapia e mesoterapia, com a aplicação de medicamentos sob a pele do couro cabeludo.
A cabelereira Anne Trentin, do salão Jacques Janine, também indica hidratação uma vez por semana: “A partir dos 60 anos, os fios se tornam mais finos e com menos cobertura do couro cabeludo. É preciso ter cuidado com os tratamentos capilares usados desta fase em diante, pois há contraindicações em alguns casos”, observa. No caso das tinturas, ela alerta que é preciso ter cuidado com o tipo de produto. ” As colorações permanentes cobrem até 100% dos fios brancos, mas podem ressecar e clarear os fios. Já os tonalizantes, não clareiam os fios e conseguem cobrir até 70% dos cabelos brancos”.
Também devem ser observados os produtos no caso de alisamentos, porque a fragilidade do couro cabeludo pode deixá-lo mais suscetível a alergias. “Produtos alisantes registrados na Anvisa não oferecem risco à saúde. Deve-se ter cuidado com o local onde será feito o tratamento, para saber se não foi acrescentado formol, que é tóxico e pode causar irritação nas mucosas e, dependendo da quantidade, ser absorvido pelo organismo”, alerta a cabeleireira.