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Apesar da visível fragilidade trazida pelo tempo, aos 95 anos, a rainha Elizabeth II continua mantendo a postura de uma mulher totalmente em controle de si mesma, com absoluta consciência de seu papel de monarca, função que exerce há quase 70 anos. Segue à risca as exigências da função de Chefe de Estado e nunca dá uma pista do que está realmente pensando. Mas ela, sempre que pode, dá mostras que tem bom humor.
Foi o que fez esta semana ao recusar o título de “Vovozinha do Ano”, concedido pela Oldie Magazine, uma revista conhecida no país. O que chamou a atenção foi a justificativa da rainha para não aceitar o prêmio: caminhando para os 96 anos, ela não se sente velha.
“Sua Majestade acredita que a pessoa é tão velha quanto se sente, e portanto a rainha não acredita que cumpre os critérios relevantes para poder aceitar e espera que encontrem um destinatário mais merecedor”, disse a carta de um dos secretários da monarca endereçada à revista.
Agindo assim, a rainha repete o que fez o marido, príncipe Philip, morto aos 99 anos, em abril deste ano. Quando completou 89, o príncipe foi sondado pela mesma revista, que há 29 anos homenageia pessoas mais velhas pela contribuição que deram ao país. A Oldie queria que ele fosse o velho do ano. Mas Philip agradeceu: “Não há nada melhor para o moral do que ser lembrado de que os anos estão passando — cada vez mais rápido — e que pedaços estão começando a se soltar da antiga moldura”, disse o príncipe, mas recusou.
No seu site, a Oldie reagiu à negativa da rainha, mostrando que não se deu por vencida: “Talvez, no futuro, sondemos Sua Majestade mais uma vez,” escreveu a revista.
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