50emais
Um relato inspirador da fonoaudióloga gaúcha, de Porto Alegre, Liège Gautério, de 51 anos, sobre como se tornou uma campeã, ganhando medalha de ouro no atletismo, depois de chegar a precisar de cadeira de rodas e aparelho de oxigênio 24 horas por dia, para sobreviver.
Uma breve história de força de vontade, persistência e superação, que merece ser lida por todos.
Leia:
Me chamo Liège Gautério, tenho 51 anos ,sou profissional de educação física e moro em Porto Alegre RS.
Há mais de 20 anos fui diagnosticada com fibrose pulmonar , fiquei muito debilitada e dependente de oxigênio 24h por dia. Entrei em lista de espera para um transplante e, em 2011, recebi uma segunda chance de viver.
Após o transplante me tornei atleta e já pude representar o Brasil em quatro Mundiais para Transplantados.
Na prova de atletismo dos 100m rasos sou bicampeã mundial, mesmo tendo apenas um pulmão em funcionamento.
Três anos após o transplante descobri um câncer de mama e realizei uma mastectomia radical e fiz tratamento. O esporte sempre me acompanhou e meu estilo de vida foi fundamental nas minhas recuperações.
Aos 50 anos entrei na menopausa e resolvi me desafiar no fisiculturismo.
Leia também: Mudança na alimentação e exercício transformam a vida desta septuagenária
Mostrar que após os 50 anos, mesmo passando por adversidades na saúde podemos ter qualidade de vida se houver comprometimento , disciplina e força de vontade.
Assim, em novembro do ano passado me sagrei a primeira transplantada fisiculturista do Brasil.
Meu propósito é o de divulgar a doação de órgãos. No Brasil, para se tornar um doador, basta informar à família, porque são os familiares que dão a autorização.
Leia também: Wanderléa chega aos 80 anos
Quero também falar da manutenção da saúde pós transplante, mostrando que a idade não nos limita, quando há metas a serem alcançadas.
Leia também: No Miss Argentina, levou a de 29 anos, mas o sucesso foi da de 60