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Beber água afasta doenças crônicas

Muitas das doenças que chegam com a idade podem ser evitadas, se você se hidrata de maneira adequada. Foto: Reprodução/Internet

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Eu comecei a prestar atenção à quantidade de água que tomava há cerca de três anos. De lá para cá, embora não haja consenso sobre a quantidade que se deve beber, não descuido: são quase dois litros, todos os dias.

Minha pele mudou e meu intestino passou a funcionar com mais regularidade. Dois dos muitos benefícios de um organismo bem hidratado.

O texto que você vai ler abaixo, de Renata Okumura para o Estadão, explica que pesquisas feitas em vários países “mostram que mais de 50% das pessoas não bebem a quantidade recomendada de líquido.”

Isso, claro, tem sérias consequências. Provoca o envelhecimento precoce e facilita o desenvolvimento de doenças crônicas, “incluindo insuficiência cardíaca, demência, doença pulmonar crônica, acidente vascular cerebral e diabetes.”

Por que tomar água é obrigatório.

Leia:

Estudo publicado esta semana na revista eBioMedicine revela que beber água em quantidades recomendadas e manter-se hidratado ajudam a retardar o processo de envelhecimento nos seres humanos e previnem doenças crônicas.

A pesquisa foi feita por cientistas do National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos.

Esta hipótese foi inspirada por estudos anteriores com camundongos nos quais a restrição de água ao longo da vida, aumentando o sódio sérico em 5 mmol/l, causou alterações degenerativas e encurtou a vida do roedor em seis meses, o que corresponde a cerca de 15 anos da vida humana.

O levantamento atual envolveu cerca de 15,7 mil participantes entre 45 e 66 anos e acompanhamento ao longo de 25 anos.

A avaliação demonstrou que o nível de sódio no sangue era maior entre as pessoas que não se hidratavam corretamente.

Com isso, os cientistas concluíram que as pessoas cujo sódio sérico na meia-idade excede 142 mmol/l têm maior risco de serem biologicamente mais velhas que suas idades cronológicas (50%), desenvolver doenças crônicas (39%) – incluindo insuficiência cardíaca, demência, doença pulmonar crônica, acidente vascular cerebral e diabetes – e morrer mais jovens (21%).

Conforme o estudo, a análise identificou um limiar de sódio sérico de 142 mmol/l que pode ser usado na prática clínica para identificar pessoas em risco que podem se beneficiar potencialmente com uma melhor hidratação.

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“Como a diminuição da hidratação é um dos principais fatores que elevam o sódio sérico, os resultados são consistentes com a hipótese de que a diminuição da hidratação pode acelerar o envelhecimento” – diz o estudo.

E continua: “Pesquisas mundiais mostram que mais de 50% das pessoas não bebem as quantidades recomendadas de líquidos. Portanto, os resultados de nosso estudo fornecem razões adicionais para reforçar as recomendações já existentes para a ingestão ideal de líquidos.”

O estudo, no entanto, não especificou qual volume de água é recomendado por dia.

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De acordo com o Ministério da Saúde, a quantidade ideal de água a ser ingerida diariamente depende de vários fatores, como a idade e o peso da pessoa, a atividade física que realiza e, até mesmo, o clima e a temperatura do ambiente onde vive.

Para alguns, a ingestão de aproximadamente dois litros de água por dia pode ser suficiente. Bebês até seis meses de idade, por exemplo, com amamentação materna exclusiva, não necessitam ingerir água, pois a substância está presente no leite materno.

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