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Forbes divulga lista das 50 pessoas acima de 50 anos de maior influência no país

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A Forbes divulgou na sua edição mais recente a lista 2022 dos grandes nomes que se destacaram nas mais diferentes áreas e “chegaram à maturidade com mais poder, relevância, influência e sabedoria do que quando eram jovens.”

São 50 pessoas que participam da seleção feita pela revista, Entre os destaques masculinos,  o fotógrafo Araquém Alcântara, 71, artista plástico Vik Muniz(60),  arquiteto Sig Bergamin(68), cientista Carlos Nobre(71), ator Ary Fontoura e o músico Hermento Pascoal, 85 e tantos outros.

Dos 50 selecionados, 17 são mulheres. O 50emais seleciou 10 desses destaques femininos, começando com a filósofa Sueli Carneiro, 71, por quem temos a mais profunda admiração.

(Veja no final do artigo a relação dos 50 que constam da lista).

Leia:

Sueli Carneiro, 71

Para encarar o racismo e o sexismo contra mulheres, nasceu no dia 30 de abril de 1988 o Geledés Instituto da Mulher Negra, que também tem atuação importante diante outros males que afetam nossa sociedade, como a lesbofobia e a homofobia, além de preconceitos relacionados à origem dos brasileiros, crenças religiosas e classe social.

Coordenadora de Difusão e Gestão da Memória Institucional do Geledés, vice-presidente do Fundo Brasil de Direitos Humanos e ativista do Movimento Feminista e do Movimento Negro do Brasil, Sueli Carneiro é filósofa e doutora em Educação pela USP.

Em 1988, ela integrou o Conselho Nacional da Condição Feminina em Brasília após denúncias de cantores de rap que eram vítimas frequentes de ações policiais. Com a prioridade focada em questões raciais e de gênero, o instituto trabalha nas esferas dos direitos humanos, da educação, da saúde, da comunicação, do mercado de trabalho, da pesquisa acadêmica e das políticas públicas.

Rita Lee, 74

Rita Lee começou a tocar piano como uma permuta entre o pai, dentista, e a pianista Magdalena Tagliaferro. O progresso foi rápido e a pequena Rita mostrou que tinha talento para a coisa. Na adolescência, foi backing vocal e integrou grupos musicais. Mas foi n’Os Mutantes que alcançou o sucesso, tornando-se um dos maiores nomes do rock brasileiro.

Enfrentando o conservadorismo e o machismo, mostrou o seu valor e vendeu mais de 55 milhões de cópias. Desde 2016, dedica-se à literatura, tendo lançado nove livros desde então, incluindo a sua autobiografia e histórias infantis, onde trata de temas como meio ambiente e respeito aos animais.

Em maio de 2021, a artista foi diagnosticada com um tumor no pulmão e, após cerca de um ano de sessões de imunoterapia e radioterapia, se curou. Em setembro de 2021, lançou “Change”, primeira música inédita em nove anos. Uma exposição sobre a sua carreira ficou em cartaz por cinco meses em São Paulo e agora seguirá para outras cidades brasileiras.

Beatriz Milhazes, 62

Beatriz Milhazes, carioca, coleciona obras vendidas por mais de US$ 1 milhão. Em 2008, “O Mágico” foi arrematado na Sotheby’s por US$ 1,049 milhão. Três anos mais tarde foi a vez de “O Moderno” ser vendido por US$ 1,1 milhão. A obra brasileira mais cara, no entanto, é “Meu Limão”, negociado por US$ 2,1 milhões, em 2012.

Em maio de 2021, foi encerrada a exposição “Beatriz Milhazes: Avenida Paulista”: 170 trabalhos produzidos entre os anos 1990 e 2020, distribuídos entre o Masp e Itaú Cultural. As obras de Beatriz estão presentes em acervos dos mais importantes do mundo, como Centre Pompidou (Paris); The Museum of Modern Art (Nova York) e Tate Modern (Londres).

Em 2021, fez sua primeira individual na China: “Beatriz Milhazes: Ballet em Diagonais”, no Long Museum (West Bund), em Xangai. “Manter a qualidade de vida que me faz feliz e aos meus próximos. Estar sempre com a energia de enfrentar novos desafios no trabalho, evoluindo sempre!”, diz ela sobre o que considera mais importante na vida hoje.

Adriana Varejão, 57

Até primeiro de agosto, na Pinacoteca de São Paulo, com curadoria de Jochen Volz, Varejão – um dos principais nomes da arte contemporânea do país – está em cartaz: “Adriana Varejão: Suturas, fissuras, ruínas.” Trata-se do maior apanhado retrospectivo da carreira da carioca. São mais de 60 obras elaboradas no intervalo de 1985 até este ano.

Das pinturas da época da Escola de Artes Visuais do Parque Laje (RJ) às tridimensionais de grande escala – tudo com a força de quem expôs as tripas do barroco e elevou simples paredes de azulejos azuis para outro patamar. Lá estão exemplos das séries mais emblemáticas da trajetória da artista, como “Saunas e banhos” e “Terra incógnita”.

No Instituto Inhotim (MG), Varejão tem uma galeria desde 2008, projeto do arquiteto Rodrigo Cerviño: uma grande caixa de concreto sobre espelho d’água. A galeria é dos lugares mais visitados neste maravilhoso museu a céu aberto, a 60 km de BH, com mais de 500 obras de 60 artistas de 38 países.

Isabel Duprat, 68

Pense nos jardins mais lindos e exuberantes. Isabel Duprat, fez estágio com Roberto Burle Marx, participou de expedições botânicas com Nanuza de Menezes e seu grupo de pesquisa da USP, trabalhou seis anos no Departamento de Parques de São Paulo, preparou jardineiros em cursos de especialização e cultivou durante toda a sua vida, estimulada pela mãe, o prazer de semear, plantar e ver crescer, sobretudo árvores.

Hoje é uma das paisagistas mais aclamadas do país, responsável pela repaginação da área externa da Casa Roberto Marinho, no Rio e Janeiro, pelo jardim circular do Centro de Pesquisa Albert Einstein e pelo jardim da sede do BankBoston, ambos em São Paulo. Além de projetos residenciais belíssimos, nos quais mescla pisos de basalto com grama, forrações e arbustos floridos, como a medinilla, a sobralia, diversas begônias, entre outras espécies tropicais.

“O Jardim nos ensina a virtude de cuidar e através desse cuidado exercitar o respeito pela vida natural”, analisa Isabel.

Katleen Conceição, 51

Referência em pele negra no Brasil, Katleen Conceição mergulhou na especialização depois de se deparar com uma realidade amarga: a inexistência de estudos sobre a pele negra por aqui. Nos seus mais de 20 anos na área, ela foi por muito tempo a única dermatologista especializada em pele negra no Brasil. De estagiária do Hospital Geral Santa Casa do Rio de Janeiro a preceptora do ambulatório da pele negra, atua na formação de profissionais para atender uma população invisibilizada pelo sistema.

“Comecei a tratar doenças que não eram assim entendidas pela falta de conhecimento na área. É uma abordagem que traz autoestima para o paciente e pode até criar possibilidades para uma pessoa negra.” É a primeira brasileira mentora no programa internacional Skin of Colour Society, especializado em pesquisa de peles de cor.

Katleen está focada na produção do seu primeiro livro de dermatologia para a pele negra e em se dividir entre os atendimentos da agenda lotada. Mas sonha em ter uma estrutura para ampliar o acesso a pacientes de pele negra às consultas e tratamentos. “Sei que boa parte desse público não consegue chegar até mim.”

Andréa Beltrão, 56

Andréa Beltrão começou a atuar na adolescência, quando entrou no Tablado aos 14 anos. Tornou-se conhecida do público quando foi para a televisão, onde chamou a atenção pelos papéis em comédias como “Armação Ilimitada”, “A Grande Família” e “Tapas & Beijos”.

Ela também integrou o elenco de grandes novelas, como “Rainha da Sucata”, “Pedra sobre Pedra” e, recentemente, interpretou Rebeca no folhetim das nove “Um Lugar ao Sol”. Um dos grandes destaques da carreira da atriz foi interpretar a apresentadora Hebe Camargo em seu filme biográfico, em 2019, exibido nos cinemas e na televisão, como série.

Pela atuação, Beltrão foi indicada ao Emmy Internacional de Melhor Atriz, premiação considerada o Oscar da televisão. Em janeiro deste ano, o Teatro Poeira, espaço no Rio de Janeiro aberto por ela em parceria com a amiga e atriz Marieta Severo, completou 15 anos e 166 espetáculos encenados em seus dois palcos.

Elizabeth Rodrigues Gomes, 51

Medalha de ouro nas Paralimpíadas de Tóquio 2020, com direito a duas quebras de recorde mundial no lançamento de disco na classe F52, a atleta mais velha da delegação brasileira segue servindo de exemplo de uma história de superação inconteste. “A emoção na hora foi muito forte. Você fica inerte, sabe que vai levar aquele momento pra vida toda.

Trazer uma medalha para o seu país é a maior honraria concedida a um atleta. É um sentimento de dever cumprido.” O sucesso no atletismo (20 recordes mundiais batidos entre disco, peso e lançamento do dardo) foi precedido por um histórico paralímpico no basquete em cadeiras de rodas (Pequim 2008). “Foram 12 anos treinando para conquistar esta vaga.” O primeiro esporte do coração, no entanto, foi outro.

“Antes de ser diagnosticada com esclerosa múltipla, fui jogadora de vôlei desde os meus 14 anos. Fiquei deficiente em 1993 (aos 27 anos) e três anos depois fui apresentada ao Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Santos através do basquete.” Elizabeth trabalhou na Guarda Civil Municipal por quatro anos. E entrou sem querer: estava no horário de almoço, acompanhou o irmão e uma amiga na inscrição do concurso, e resolveu fazer. Foi a única que passou.

Bruna Lombardi, 69

Bruna Lombardi é uma apaixonada pelas manifestações artísticas. Atriz, apresentadora, modelo, escritora, palestrante, ativista ambiental e que agora também pode ser definida como influenciadora digital. Ela se tornou conhecida do grande público pelos papéis em novelas e pelo programa de entrevistas que produziu e apresentou por dez anos, “Gente de Expressão”, onde conversou com nomes como George Clooney, Meryl Streep e Donald Trump.

Além do trabalho em frente às telas, a artista também escreveu dez livros. Desde 2017, ela conduz a Rede Felicidade, plataforma digital sem fins lucrativos onde publica conteúdo ao lado de outros autores sobre temas como empoderamento, qualidade de vida, autoconhecimento e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Em seu Instagram, onde soma 2,5 milhões de seguidores, ela compartilha pílulas de conteúdo sobre esta temática, motivada a inspirar as pessoas a buscarem a felicidade e a realização. No YouTube, ela é acompanhada por outros 165 mil inscritos.

Monica Martelli, 54

Atriz, escritora, apresentadora, dramaturga, produtora, Mônica Martelli é uma inspiração para toda uma geração de mulheres na faixa dos 50 anos, com sua atitude irreverente e leve diante de questões-tabu, como a menopausa. Na batalha contra o etarismo e a falta de bons papéis para mulheres maduras, ela estourou aos 37 anos, estrelando peça de sua autoria “Os Homens São de Marte… E É Pra Lá que Eu Vou”.

A peça fez um enorme sucesso, ficou em cartaz por 12 anos e deu origem a uma série e dois filmes que bateram recordes de bilheteria. No início de 2022, aos 54 anos, Monica deixou o programa “Saia Justa, depois de dez anos integrando o elenco de apresentadoras. Decidiu se dedicar a uma turnê pelo Brasil com a peça “Minha Vida em Marte”, também escrita por ela.

Conhecida pelo humor e pela franqueza, a atriz descobriu seu talento e amor pelo teatro quando fazia faculdade de jornalismo no Rio de Janeiro. Atuou em pontas em programas de baixa audiência até conseguir criar seu monólogo de sentimentos e angústias, que despertam tanta identificação no público feminino.

A relação total das mulheres selecionadas:

– Isabel Duprat

– Beatriz Milhazes

– Adriana Varejão

– Katleen Conceição

– Duilia de Mello

– Xuxa

– Cláudia Raia

– Andréa Beltão

– Elizabeth Rodrigues Gomes

– Mônica Martelli

– Bruna Lombardi

– Lenny Niemeyer

– Gloria Coelho

– Adriana Bozon

– Rita Lee

– Ivete Sangalo

– Sueli Carneiro

Os homens que constam da lista da Forbes, todos com mais de 50 anos, são:

– Sig Bergamin

– Marcio Kogan

– Isay Weinfeld

– Arthur Casas

– Vik Muniz

– Araquém Alcântara

– Bob Wolfenson

– Miguel Nicolelis

– Sidarta Ribeiro

– Carlos Afonso Nobre

– Ary Fontoura

– Silvio Santos

– Túlio Maravilha

– Marcelo Tosi

– Antônio Tenório da Silva

– Beto Pandiani

– Nizan Guanaes

– Mano Brown

-Mário Sérgio Cortella

_ Oskar Metsavaht

– Ricardo Almeida

– Gilberto Gil

– Roberto Carlos

– Hermeto Pascoal

– Helio Mattar

– Virgilio Viana

– Joel Scala

– Raí

– José Carlos Semenzato

– Alexandre Costa

– Marcos Molina

– Eduardo Bartolomeo

– Abilio Diniz

 

 

 

 

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