Ícone do site 50emais

Precisamos dormir mais de 5 horas por noite

Estudo mostrou que pessoas acima dos 50 anos que dormiam cinco horas ou menos tinham um risco 30% maior de ter mais de um problema crônico de saúde. Foto: Reprodução/Internet

50emais

O sono é fundamental para que a gente tenha uma vida sadia, porque é quando dormimos que o organismo trabalha para restaurar as principais funções do corpo. Por isso é tão nocivo para a saúde dormir poucas horas.

Segundo importante estudo feito em universidades de Paris e de Londres, o risco de surgimento de doenças é real quando dormimos menos de cinco horas por noite.

Os pesquisadores constataram que pessoas acima dos 50 anos que dormiam cinco horas ou menos tinham um risco 30% maior de ter mais de um problema crônico comparados aos que dormiam 7 horas. Aos 60 anos, esse risco subiu para 32%; aos 70, para 40%.

Com a idade, a gente passa, naturalmente, a dormir menos. Mas há uma série de medidas que ajudam a dormir mais e  melhoram a qualidade do sono.

Leia o artigo de Gabriela Cupani, publicado pelo portal Uol:

Adultos acima dos 50 anos que dormem menos do que cinco horas têm mais risco de desenvolver várias doenças crônicas, mostra um novo estudo assinado por pesquisadores da Universidade de Paris e da University College London. Os autores avaliaram 7.864 pessoas durante 25 anos.

Sabe-se que a privação de sono está associada a uma maior probabilide de desenvolver diversos distúrbios, mas ainda não existem dados suficientes sobre a chamada multimorbidade, quando vários deles ocorrem ao mesmo tempo.

Na estudo, os pesquisadores avaliaram condições como diabetes, câncer, doenças coronarianas e renais, Parkinson, depressão, entre outras. Eles constataram que indivíduos acima dos 50 anos que dormiam cinco horas ou menos tinham um risco 30% maior de ter mais de um problema crônico comparados aos que dormiam 7 horas. Aos 60 anos, esse risco subiu para 32%; aos 70, para 40%.

Restaurar as funções

“O sono é responsável por restaurar todas as nossas funções físicas e cognitivas. Fica fácil entender porque a falta dele aumenta o risco de tantos problemas”, diz Carolina Vicaria Rodrigues D’Aurea, fisioterapeuta e especialista em sono do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

Durante o sono o organismo se reequilibra. Na fase inicial, ocorrem vários processos, como redução da frequência cardíaca e respiratória, liberação de hormônios relacionados à saúde física e cognitiva, o controle da fome e da saciedade, além de haver uma diminuição da ativação cerebral.

“Se não dormimos bem ou o suficiente, todas essas funções podem sofrer alterações. Se houver associação com algum distúrbio do sono, pode ser ainda pior”, explica Carolina.

É por isso que dormir mal aumenta o risco de ganho de peso e suas consequências, como doenças metabólicas e cardiovasculares, além de distúrbios como a apneia obstrutiva do sono.

Estudos também sugerem que o sono reduzido favorece o acúmulo de gordura nas artérias. “Se já houver uma doença instalada, seu controle também fica mais difícil. Por exemplo, diabéticos terão mais dificuldade de controlar os níveis de glicemia”, afirma a especialista.

Leia também: Melatonina melhora a qualidade do sono sem efeito colateral

A falta de sono afeta o sistema imunológico e traz consequências cognitivas, como déficit de memória e dificuldade de concentração. Além disso, está associada à perda de massa muscular. Nos idosos, pode facilitar quedas pelo impacto no equilíbrio, além de aumentar o risco de doenças neurodegenerativas.

Quanto dormir?

Em geral, a recomendação é para dormir por pelo menos 6 horas. No entanto, a necessidade varia com a idade.

Na maioria dos adultos, esse tempo vai de 7 a 8 horas. Os idosos tendem a dormir menos, entre 6 e 7 horas, além de ser comum fazerem cochilos ao longo do dia.

“Existem os chamados pequenos e longos dormidores, que terão mais ou menos necessidade de horas de sono por questões fisiológicas”, lembra a especialista.

Para uma boa higiene do sono:

Leia também:

Farmácias já estão vendendo melatonina, conhecida como “hormônio do sono”

O que médicos especialistas fazem para ter uma boa noite de sono

 

Sair da versão mobile