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Sete superalimentos protetores do sistema imunológico para você incluir na sua dieta

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São alimentos fundamentais para defender o organismo, sobretudo nestes tempos de pandemia. Foto: Internet

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São todos alimentos conhecidos que, consumidos com regularidade, auxiliam o corpo a obter os nutrientes necessários para a defesa do organismo. O seu consumo, portanto, é de grande importância especialmente agora que atravessamos uma pandemia. Segundo esta reportagem de Bernardo Yoneshigue e Adriana Dias Lopes para O Globo, estudos não só detalharam o papel desses superalimentos no combate à infecção, como ampliaram os conhecimentos sobre a sua forma de agir contra a invasão de corpos estranhos no organismo. A diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Ekaterini Simões Goudouris, ouvida pela reportagem, explica que “se você tem um sistema imunológico funcionando mal, pode não apenas ter o risco aumentado de quadros infecciosos repetidos como desenvolver doenças autoimunes e câncer.”

Veja quais são os superalimentos:

Consumido há milênios, mel atua como um ‘construtor do sistema imunológico’ Foto: Editoria de Arte

Mel

Um dos alimentos mais consagrados na história da humanidade, o mel é consumido há milênios – os primeiros registros datam de 8 mil a.C. Ele desde sempre foi associado à saúde. A relação com a imunidade é mais recente e os conhecimentos nessa área vêm crescendo. Recentemente, pesquisadores da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos chegaram a afirmar que o mel atua como um “construtor do sistema imunológico”.

Tal capacidade é provocada especialmente pela atuação antioxidante de dois compostos, os flavonóides e os polifenóis. Ambos agem neutralizando os radicais livres, as moléculas que aceleram o processo de envelhecimento das células, aumentando o risco e o surgimento de doenças crônicas. O mel também tem grandes quantidades de uma substância chamada peróxido de hidrogênio, com ação antisséptica capaz de matar comunidades de bactérias e fungos.

iogurte

Iogurte é um leite fermentado por bactérias com grande propriedade terapêutica Foto: Editoria de Arte

O iogurte é um leite fermentado por bactérias. Essas bactérias se alimentam do açúcar natural do leite (a lactose) e liberam ácido láctico. É esse processo que confere a consistência, o gosto azedinho característico e a grande propriedade terapêutica do alimento. O alimento possui pelo menos dois tipos de bactérias, a lactobacillus bulgaricus e a streptococcus thermophilus — são os chamados probióticos.

— Essas bactérias consideradas protetoras vão atuar diretamente na ação do sistema imunológico — explica a endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) Juliana Garcia Dias.

Trabalho da Universidade de Yale, publicado na revista Clinical Immunology, mostrou que cerca de 70% a 80% de todas as células imunes do corpo estão no trato gastrointestinal.

Veja também: Veja com o que você deve se alimentar se quiser viver mais e ter qualidade de vida

Quinoa

Típica da América do Sul, a quinoa é considerada pela OMS um superalimento para o combate à fome no mundo Foto: Editoria de Arte

Típica da América do Sul, a quinoa é uma semente tão nutritiva que é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) um superalimento para o combate à fome no mundo pelo potencial energético.

Ela tem os chamados “compostos fenólicos”, como quercetina e canferol, e flavonóides, que são antioxidantes, e produzem o efeito semelhante ao do mel no fortalecimento do sistema imunológico. Ela também carrega uma grande quantidade de zinco, nutriente que exerce um papel na maturação das células T, responsáveis pela imunidade a nível celular.

Além disso, tem vitamina B6 em abundância. Pesquisadores da Universidade de Tufts, em Boston, observaram pacientes com imunodeficiência e relacionaram a baixa concentração dessa vitamina no organismo a uma redução na produção de anticorpos.

Batata doce

A batata doce é rica em vitamina A e vitamina C, que têm potencial antioxidante Foto: Editoria de Arte

Os principais nutrientes da batata doce que impactam na imunidade são a vitamina A e a vitamina C. Ambas têm um papel antioxidante, ou seja, protegem as células dos radicais livres. A vitamina A é absorvida pelo corpo como resultado da conversão do betacaroteno presente no legume em vitamina. Essa substância é o pigmento responsável pela coloração alaranjada. Ou seja, quanto mais alaranjada, maior a quantidade de betacaroteno e, consequentemente, de vitamina A no legume.

Um estudo brasileiro publicado na Revista Pan-Americana de Saúde Pública relacionou ainda a deficiência de vitamina A à redução da atividade das células chamadas natural killer (NK), que fazem parte da resposta inicial do sistema imunológico. Já a vitamina C, além de ser um antioxidante, atua na manutenção da “barreira epitelial”, que é uma fina camada de células cuja função é proteger o corpo contra toxinas e bactérias.

Spirulina

Vendida na forma desidratada, em comprimidos, cápsulas ou em pó, a Spirulina é uma alga rica em proteínas, aminoácidos, ferro, zinco e vitaminas A, B, D e E Foto: Editoria de Arte

Trata-se de uma alga que pode ser usada como suplemento alimentar por ser rica em proteínas, aminoácidos, ferro, zinco e vitaminas A, B, D e E. Portanto, possui diversos nutrientes relacionados ao funcionamento do sistema imunológico.

O principal deles é a ficocianina, um pigmento que dá à spirulina a coloração azul esverdeada. Ela tem uma alta atuação antioxidante e consegue inibir determinadas enzimas pró-inflamatórias.

Pesquisadores da Universidade de Jinan, na China, conduziram uma pesquisa em que atestaram a sua função imunomoduladora. Ou seja, ela melhora significativamente a ação das células formadoras de anticorpos e aumenta a atividade dos linfócitos. Ela é vendida na forma desidratada, em comprimidos, cápsulas ou em pó.

Veja também: Cardiologista: Evite estes cinco alimentos. Eles provocam inflamação no seu corpo

Cúrcuma

Também conhecida como açafrão-da-terra, a cúrcuma é já há bastante tempo conhecida pelo efeito antiinflamatório Foto: Editoria de Arte

Também conhecida como açafrão-da-terra, é um pó extraído de uma planta da família Zingiberaceae, a mesma do gengibre. Sua principal substância, a curcumina, é já há bastante tempo conhecida pelo efeito antiinflamatório. Mais recentemente, se mostrou também ser um potente agente que atua na ativação das chamadas células T, células B, macrófagos, neutrófilos, células NK e dendríticas, todas com papel essencial no sistema imunológico.

A curcumina também pode diminuir a expressão de citocinas (substâncias segregadas por células do sistema imune que, em excesso faz mal ao corpo) e aumentar as respostas de anticorpos, aponta um estudo de pesquisadores da Universidade do Texas publicado na revista Journal of Clinical Immunology. Um trabalho da Universidade do Estado do Oregon, sugere ainda que a curcumina aumenta os níveis de uma proteína que regula a resposta imune inata, considerada a primeira barreira de defesa do organismo.

Gengibre

Gengibre tem alta capacidade de ação antioxidante e antiinflamatória, que combatem os radicais livres Foto: Editoria de Arte

A planta atua nas defesas do corpo pela alta capacidade de ação antioxidante e antiinflamatória, que combatem os radicais livres, explica a endocrinologista Juliana Garcia Dias, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Isso acontece graças à substância chamada de gingerol. Um estudo da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Universidade de São Paulo (USP) afirma que o gingerol é capaz de modular as células T, que tem um papel primordial no funcionamento das defesas do corpo.

Além disso, trabalhos afirmam ainda que o gingerol possui inclusive uma atuação anticâncer por meio da indução da apoptose, uma forma de morte celular programada, e da autofagia, processo de regeneração natural em nível celular, que seriam capazes de inibir metástases.

Veja também: O direito a uma morte com dignidade é tão elementar quanto o direito à vida

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