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Como é que a gente faz para ser feliz? É a pergunta de muitos milhões de dólares que pesquisadores da Universidade de Harvard, talvez a mais respeitada do mundo, em Boston, nos Estados Unidos, parece, conseguiram responder.
Eles fizeram uma lista, uma espécie de receita, dos sete passos necessários para se chegar à felicidade. Será que isso seria possível? Não estariam confundindo felicidade – um estado de espírito tão raro – com estar contente, estar satisfeito(a), estar em paz?
Fico achando que sim. De qualquer forma, é interessante prestar atenção às dicas da universidade, que incluem, “exercícios aeróbicos, espiritualidade e dedicação ao outro.”
Leia o artigo de Shannon Doyne e Natalie Proulx, do New York Times, publicado pelo jornal O Globo:
A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, estudou qual a melhor maneira de alcançar a felicidade. A resposta? Não um, mas sete hábitos que podem ser incorporados ou levados em consideração na vida diária para uma vida mais feliz, segundo Stephanie Collie, médica e professora de psiquiatria da Escola de Saúde de Harvard.
Para George Vaillant, psiquiatra da Instituição, a chave está nas conexões. Villiant liderou uma pesquisa, intitulada Harvard Study of Adult Development, que acompanhou de perto 700 estudantes universitários do sexo masculino da universidade americana por 75 anos.
Relações com amigos
O trabalho mediu uma ampla gama de traços psicológicos, antropológicos e físicos, desde tipos de personalidade até QI, hábitos de bebida e relações familiares, em um esforço para apontar que fatores contribuem para o florescimento humano.
Como os pesquisadores observaram de perto os ex-alunos, eles descobriram que as relações com os amigos, e especialmente com os cônjuges, eram muito importantes para o bem-estar geral.
As pessoas em relacionamentos mais estáveis foram protegidas contra doenças crônicas, mentais e problemas de memória, mesmo que esses relacionamentos tivessem momentos de altos e baixos.
Conectado consigo mesmo
Segundo a pesquisa, relacionamentos sólidos são o indicador mais forte de satisfação com a vida. Somado a isso, os pesquisadores detectaram que poder “estar conectado” consigo mesmo e com os outros também leva à satisfação pessoal e profissional, porque sentir-se conectado ao trabalho que se faz era mais importante para os participantes do que ganhar dinheiro ou ter sucesso.
No entanto, o especialista explicou que a conclusão do estudo não é dada no sentido médico, mas psicológico.
— Felicidade é poder se conectar — disse Vaillant. — Quanto mais áreas da sua vida você puder conectar, melhor.
Dicas para ter uma vida mais feliz
Exercício aeróbico
A atividade física é como um banho de espuma de neurotransmissores, e seus efeitos duram muito além do término da atividade.
Espiritualidade
Quando nos juntamos a algo maior que nós mesmos, desenvolvemos sentimentos de gratidão, compaixão e paz. A meditação é uma maneira poderosa de modificar os caminhos do cérebro para aumentar a alegria.
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Contato com o novo
Somos programados para sentir alegria quando experimentamos coisas novas. Desenvolver uma nova pesquisa pode nos ajudar a reorientar nossa energia.
Dedicação ao outro
Atividades como o voluntariado ou ajudar/colaborar com os outros produzem maior felicidade do que aquelas que nos fazem focar em nós próprios.
Negatividade longe
Seja por colegas de trabalho fofoqueiros, um relacionamento tóxico com um membro da família ou um amigo que reclama, passar o tempo com uma mentalidade negativa nos influencia. Nesses casos, não há problema em impor limites.
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Conexão com as pessoas
Relações com os amigos, e especialmente com os cônjuges, são muito importantes para o bem-estar geral. Um bom relacionamento com a mãe também é importante mesmo na idade adulta.
Homens que tiveram relacionamentos “calorosos” com suas mães na infância ganharam uma média de US$ 87 mil (aproximadamente R$ 460 mil) a mais por ano do que homens cujas mães não se importavam com eles; e aqueles que tiveram relacionamentos ruins com suas mães durante a infância eram muito mais propensos a desenvolver demência na velhice.
Álcool sem exagero
Outro achado importante do estudo aponta que o consumo de álcool foi a principal causa de divórcio na vida dos homens que participaram da análise.
O abuso dessa substância foi fortemente correlacionado com neurose e depressão (que tendiam a seguir o abuso de álcool, em vez de precedê-lo) e, juntamente com o tabagismo associado, foi o maior fator contribuinte para a morte precoce em pacientes observados pela pesquisa.
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